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Evento – Gestão de Custos na Saúde Suplementar

Gestão de Custos na Saúde Suplementar



Quando: 17 e 18 de Julho de 2012

Local: Hotel Golden Tulip Paulista Plaza | São Paulo | SP

Sobre o evento:
Saiba como minimizar o impacto da alta sinistralidade e realizar uma gestão eficiente de custos para obter sucesso em um setor caracterizado por constantes desafios.

Este encontro é direcionado a presidentes, vice-presidentes, diretores administrativo, financeiro, custos médicos e hospitalares, auditoria, controladoria e outros profissionais envolvidos com o tema.

Para mais informações: marketing@iqpc.com | 11 3463-5600

Website: www.custosnasaudesuplementar.com

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Artigo – Dr. Antonio Carlos Lopes

Médicos formados fora do Brasil não podem ter privilégios

A imprensa vem divulgando com frequência a possibilidade de autoridades abrirem uma lacuna legal para a revalidação automática de diplomas de médicos brasileiros formados no exterior. É fato que até agora ninguém veio a público sustentar essa hipótese. Entretanto, como onde há fumaça, costuma haver fogo, considero importante fazer uma reflexão sobre o tema e convidá-lo a participar também dessa polêmica.

Há alguns anos a Sociedade Brasileira de Clínica Médica vem denunciando a precariedade do ensino médico. Mesmo assim, dia após dia ocorre autorização  desenfreada de abertura de novos cursos sem condições adequadas de funcionamento. Outras entidades, como a Associação Médica Brasileira, a Federação Nacional dos Médicos, o Conselho Federal de Medicina e os Conselhos Regionais de Medicina, também vêm se posicionando para mostrar que o médico mal formado representa risco à comunidade.

Os protestos têm fundamento. Em 2011, avaliação do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo com estudantes do sexto ano atestou que quase 50% deles não sabe interpretar radiografia ou fazer diagnóstico após receber informações dos pacientes. Cerca de metade administraria tratamento impreciso para infecção na garganta, meningite e sífilis.  O baixo percentual de acertos em campos essenciais da Medicina, como Saúde Pública (49% de acertos), Obstetrícia (54,1%), Clínica Médica (56,5%) e Pediatria (59,3%) é alarmante. Aliás, os índices de reprovação desde que a avaliação foi criada, em 2007, confirmam que muitos novos médicos não estão preparados para exercer a profissão, representando risco à saúde e à vida dos cidadãos.

Daí, um raciocínio lógico: para ir contra a formação médica deficiente no Brasil, é mister não se calar diante de acenos de facilidades à revalidação de diplomas obtidos em escolas do exterior, cuja qualidade é questionável e os currículos quase sempre incompatíveis com os do nosso país.

Compreendemos que tanto brasileiros quanto estrangeiros formados no exterior precisam passar por exame de revalidação do diploma para exercer a medicina no Brasil. Lamentavelmente faz anos que essa proposta ocupa a pauta política, em particular, no caso de médicos graduados pela ELAM – Escola Latinoamericana de Medicina, Cuba.

Mais uma vez destacamos que somos contrários à revalidação automática de diplomas de todos os médicos formados no exterior, sejam originários de Cuba, dos Estados Unidos, da Inglaterra, ou de quaisquer outros países. Isso vale igualmente para os brasileiros.

Com o intuito de preservar os cidadãos brasileiros de riscos importantes à saúde e à vida, exigimos que o processo de validação dos diplomas tenha critérios transparentes e embasamento científico. Hoje, o sistema denominado “Revalida” atende a tais premissas. Portanto, tem de ser defendido e permanentemente aperfeiçoado por comissão formada especialmente para esse fim, com a participação efetiva da academia, das entidades médicas e de outros segmentos da sociedade.

Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica

 

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Manual vai orientar atendimento a pessoas com síndrome de Down

Consulta pública foi aberta pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (21) , data em que é comemorado o Dia Mundial da Síndrome de Down. Contribuições para a elaboração da cartilha podem ser encaminhadas ao Ministério da Saúde.

O Ministério da Saúde lançou, nesta quarta-feira (21) em que se comemora o Dia Mundial da Síndrome de Down, consulta pública para definição do Manual de Atenção à Saúde da Pessoa com Síndrome de Down, que irá orientar profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) e prestar esclarecimentos sobre como proceder quanto ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento das pessoas com a deficiência. O texto, assinado pelo ministro Alexandre Padilha, está publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União. As sugestões podem ser encaminhadas ao Ministério da Saúde até 20 de abril para o endereço eletrônicomanualsindromededown@saude.gov.br. O Brasil possui 300 mil pessoas com Síndrome de Dow, segundo dados do IBGE/2000. Estes números são semelhantes às estatísticas mundiais.

O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, explica que a síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição humana geneticamente determinada. “Com base neste enfoque e depois de um amplo estudo, lançamos este manual. O objetivo é o de oferecer orientações às equipes multiprofissionais para o cuidado à saúde da pessoa com Síndrome de Down, nos diferentes pontos de atenção da rede do SUS”, afirma.

Helvécio Magalhães informa que o Ministério da Saúde mantêm ações de cuidados com pessoas com síndrome de Down.   “Atualmente, contamos no país com 1.004 Unidades de Saúde com Serviço de Reabilitação em Deficiência Intelectual e Autismo. Por ano, são investidos R$ 170 milhões para o custeio destas unidades, administradas pelas secretarias estaduais e municipais de saúde/, afirma o secretário. “Com este manual, vamos ampliar a integração e articulação dos serviços de reabilitação com a rede de atenção básica e com a especializada.”
PARTICIPAÇÃO – A partir de hoje, a população e instituição científicas contam com um prazo de 30 dias para enviar sugestões ao Manual de Atenção à Saúde da Pessoa com Síndrome de Down.  A Secretaria de Atenção à Saúde coordenará a avaliação das propostas apresentadas e também será responsável pela elaboração da versão final do texto. Depois de aprovado pelo Ministério da Saúde, a publicação com instruções e normas para o atendimento de pessoas com síndrome de Down terá vigência em todo o território nacional.
A publicação seguida de consulta pública do Manual de Atenção à Pessoa com Síndrome de Down é uma das estratégias do Plano Nacional dos Direitos da pessoa com Deficiência, lançado em novembro pela presidenta Dilma Roussef.

Por Maria Vitória, da Agência Saúde – ASCOM/MS
Atendimento à imprensa
(61) 3315-2452/3580

 

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Saúde: vítima do compromisso às avessas

Por: Dr. Antônio Carlos Lopes

 

Principal preocupação dos brasileiros em pesquisas de diversos institutos de opinião, a saúde no Brasil é vítima de algo inédito em termos políticos. Ouso, então, batizar esse algoz da assistência aos cidadãos de “compromisso às avessas”.

Se puxarmos pela memória, ao menos nas cinco últimas campanhas eleitorais, a saúde foi a grande estrela. Candidatos para todos os gostos (ou desgostos) usaram-na para galgar degraus, chegando a prefeitos, governadores e até à Presidência da República.

Fosse de fato tratada como prioridade, fossem as promessas de campanha cumpridas, certamente não teríamos no Brasil mais ninguém sofrendo com longas filas para o atendimento, demora na realização de exames, falta de vagas nos hospitais e de remédios, entre tantos outros males que atingem nosso cotidiano. Entretanto, é aí que entra em campo o “compromisso às avessas”.

Faz anos, políticos de todos os partidos falam sobre a insuficiência de recursos na saúde. Todos também sempre se mostraram favoráveis à regulamentar a Emenda Constitucional 29 (EC 29), de forma a ampliar os investimentos para a assistência.

A realidade, contudo, passa longe. No término de 2011, os senadores tiveram a oportunidade de transformar em prática seus discursos quando da votação da EC 29. Só que fizeram justamente o contrário, aprovaram um substitutivo que não trouxe um só novo centavo para o setor.

Caso tivessem optado pelo projeto original do senador Tião Viana, a saúde teria, já nesse ano, novos R$ 35 bilhões. Menos do que o ministro Alexandre Padilha considera necessário – R$ 45 bilhões -, mas uma boa injeção de recursos.

Para piorar, recentemente, o governo federal realizou um contingenciamento no orçamento de 2012. O corte foi da ordem de R$ 55 bilhões. A saúde foi a maior prejudicada, perdendo R$ 5,4 bilhões. Apesar disso, felizmente podemos contar com um ministro que é médico, de excelente formação sólida e humanística. Esperamos que não recaia sobre ele o ônus dos recursos cortados.

Estamos em ano eleitoral e é hora de darmos resposta adequada a esse desrespeito. Como falamos de saúde, vamos aproveitar e prescrever o remédio para o bem do Brasil. Pesquise seus candidatos, veja as promessas que fez em pleitos anteriores e avalie sua postura ao longo dos anos seguintes. Se, por acaso, perceber que pertence à bancada do “compromisso às avessas”, risque-o de seu caderninho. É o caminho para limpar o universo político do Brasil e para melhorar realmente a vida dos cidadãos.

Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica

 

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SAÚDE DA MULHER – Hábitos saudáveis: “segredo” contra a osteoporose

Da Agência Saúde

 

Segundo a OMS, de 13% a 18% das mulheres e de 3% a 6% dos homens com mais de 50 anos têm osteoporose em todo o mundo. No Brasil, Ministério da Saúde aposta em ações de prevenção à doença desde a infância para a garantia da chamada “poupança óssea”

 

As mulheres vivem mais do que os homens, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E, por viverem cerca de oito anos a mais, elas também podem sofrer com doenças e agravos relacionados ao processo do envelhecimento. A coordenadora de Saúde do Idoso do Ministério da Saúde, Luiza Machado, explica que investir em hábitos saudáveis na juventude garante uma saúde mais equilibrada na velhice. O “segredo”, segundo ela, é se manter sempre ativa, com hábitos saudáveis de vida, como alimentação saudável e rica em cálcio, além de atividade física, que ajuda na prevenção de doenças como a osteoporose (diminuição da massa óssea).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 13% a 18% das mulheres e de 3% a 6% dos homens com mais de 50 anos têm osteoporose em todo o mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde aposta em ações de prevenção à doença desde a infância para a garantia de uma “poupança óssea”. “É preciso estimular uma dieta mais saudável – rica em verduras, legumes e frutas, além de  aumentar o consumo de leite e derivados, alimentos com alto índice de cálcio – e diminuir o consumo de refrigerantes”, alerta Luiza Machado. Outras fontes de cálcio são os vegetais de cor verde escuro, peixes, castanhas e nozes. “Temos também que motivar as crianças e jovens a saírem da frente do computador e da televisão, andar ao ar livre, praticar atividades físicas, fazer algum tipo de esporte”, acrescenta a coordenadora.
Luiza Machado também lembra que a exposição ao sol, de 15 a 20 minutos até 10h e depois das 16h também é um hábito importante para a prevenção da osteoporose, pois o sol é responsável pela formação da vitamina D no organismo, o que contribui para a fixação do cálcio.
 

ATIVIDADES FÍSICAS – Outra recomendação do Ministério da Saúde é a prática de atividade física regular para o fortalecimento dos ossos e músculos.  O Sistema Único de Saúde coordena a implementação de espaços adequados para a prática de atividades físicas, com acompanhamento profissional e vinculação às Unidades Básicas de Saúde (UBS). Trata-se do Programa Academias da Saúde, cuja meta é construir quatro mil pólos do programa até 2014. Até o momento, já estão habilitados 1.948 pólos.
O Ministério da Saúde também orienta que as mulheres, ao entrarem na menopausa, procurem uma UBS; principalmente, aquelas que apresentarem fatores de risco ou casos de osteoporose na família. Elas devem ter acompanhamento médico que, se necessário, poderá solicitar o exame de desintometria óssea, capaz de detectar a osteopenia (fase inicial da osteoporose) e a própria osteoporose. “O SUS garante o tratamento, que pode ser feito nas unidades de saúde. Os medicamentos para o tratamento de osteoporose estão disponíveis tanto nas unidades do SUS quanto pelo programa Farmácia Popular”, explica Luiza Machado.
 

NOVO CICLO – A menopausa não significa, necessariamente, um período de saúde frágil. “Ela marca o final do período reprodutivo da mulher”, afirma a coordenadora de de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Esther Vilela. Nesta fase, entre 45 e 55 anos de idade, os ovários deixam de produzir os hormônios estrogênio e progesterona de forma gradativa, até perderem de vez a capacidade de funcionar. “Trata-se de um estágio na vida da mulher”, observa a coordenadora. Segundo ela, nessa fase ocorrem diversas mudanças no organismo feminino que podem predispor o aparecimento e o agravamento de algumas doenças.
Também nesse período, uma parcela do sexo feminino pode apresentar uma série de sinais desconfortáveis, como ondas de calor, alteração de humor, insônia, depressão e diminuição do desejo sexual. “É importante fazer exercícios físicos – que, inclusive, ajudam na questão da osteoporose – tomar sol pela manhã, caminhar, socializar com as amigas e fazer atividades em que a mulher se sinta útil. Este, sem dúvida é o melhor tratamento”, afirma Esther Vilela.
De acordo com a coordenadora de Saúde da Mulher, mesmo com os desconfortos mais comuns dessa fase da vida da mulher, é possível encarar a menopausa com naturalidade. “O final do ciclo reprodutivo pode ser visto como um estímulo para iniciar uma nova etapa, com conquistas de experiências positivas”, aconselha.

Por Maria Vitória, da Agência Saúde – Ascom/MS
(61) 3315-2452 / 3580 / 2351

 

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Educação, Comunicação e Tecnologia

Reinaldo Passadori entrevista Rudy Rocha e falam sobre educação, comunicação e tecnologia dentro das organizações.

 

http://tvuol.tv/bjc4N9

 

 

 

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Câncer: uma corrida contra o tempo

Artigo do presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, Prof. Dr. Antônio Carlos Lopes

Há exatos 10 anos, o brasileiro nascia com a expectativa de viver, em media, 70 anos. Neste período, houve um acréscimo de 3 anos e 10 dias nessa expectativa, passando a 73 anos, 5 meses e 24 dias, segundo o estudo “Tábuas Completas de Mortalidade do IBGE”.


O aumento na expectativa de vida é um fenômeno mundial, verificado na grande maioria dos países. Com a tendência de envelhecimento da população, a ONU estima que a faixa com mais de 60 anos triplique nas próximas quatro décadas.


É exatamente esta população que mais sofre com doenças como o câncer. Este é um dos fatores que nos levam aos altos índices da doença no Brasil. É claro que a piora da qualidade de vida, os péssimos hábitos alimentares e o aumento dos índices de sedentarismo e tabagismo são outros fatores de risco importantes.


O conhecimento que temos hoje pode nos ajudar a evitar que problemas atuais prossigam em escala crescente. Porém, a falta de vagas nos hospitais, número insuficiente de profissionais capacitados para o atendimento e escassa destinação de recursos para a saúde pública precisam ser encarados urgentemente, em prol dos cidadãos e dos princípios de cidadania, o chamado Estado Democrático de Direito.


Hospitais de ponta, equipamentos modernos, medicamentos de última geração e profissionais qualificados existem no país, mas o difícil é permitirem o acesso dos pacientes mais necessitados.


Para se ter uma ideia, o Hospital de Câncer de Barretos (HCB) e sua filial, em Jales (São Paulo-SP), são referências no país e no exterior e sofrem com a fragilidade de nossas políticas públicas de saúde. Diariamente, deixam de atender um total de 450 pacientes por falta de mão de obra especializada, fato foi amplamente noticiado pela imprensa há cerca de 3 meses.


Maior e uma das mais qualificadas instituições na área oncológica em território nacional, o Hospital do Câncer de Barretos ainda assim assiste cerca de 3 mil pacientes por dia, exclusivamente via Sistema Único de Saúde (SUS). Isso só é possível por conta de inúmeras doações recebidas ao longo do ano. Somente a tradicional Festa do Peão, realizada anualmente, foi responsável por trazer à instituição R$ 3,7 milhões em 2011.


Também à base de doações foi inaugurado recentemente o Centro de Oncologia Clínica e Experimental (COCE) da Escola Paulista de Medicina da Unifesp. Trata-se de um serviço de excelência para o tratamento do câncer, formação de médicos e pesquisa, além de um pólo para capacitação de profissionais de regiões mais afastadas. São iniciativas como esta que trazem esperança àqueles que sofrem com a doença, a seus familiares, amigos, e também a médicos, profissionais de saúde e gestores, que, muitas vezes, ficam de mãos atadas diante da indisponibilidade de atender adequadamente à demanda.


Qual a saída para um profissional que sai da faculdade com o compromisso social de garantir atendimento de alto nível aos pacientes, mas recebe salários insuficientes para pagar as contas no fim do mês? De que adianta a vontade de fazer a diferença, se aqueles que realmente têm o poder de decisão pensam diferente, tratando como prioridades vaidades e disputas pessoais.


Prova disso é a recente aprovação da
Lei Complementar nº 141/2012, que regulamenta a Emenda Constitucional 29, que ao invés de atrair mais recursos para a área da saúde, seu principal propósito, manteve as bases de cálculo da União nos parâmetros atuais. Dessa forma, sem a garantia legal de investimentos federais de 10% da Receita Corrente Bruta (RCB) no setor, deixamos de arrecadar R$ 35 bilhões. Um desrespeito, sobretudo, com os nossos pacientes.


Por outro lado, precisamos reconhecer o trabalho do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que tem lutado em prol da equidade no atendimento médico, na busca de condições para que o doente de câncer receba o tratamento desejado. Devemos apoiar suas políticas de saúde, pois se trata de um médico que sabe olhar para as necessidades de médicos e doentes.


Um diagnóstico de câncer é sempre a largada para uma corrida contra o tempo. Cabe a todos aqueles que não suportam mais assistir a tudo isso, se engajar na luta por uma saúde mais digna para todos.

Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica

 

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SPPT sobre Amianto

Nota da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT) a propósito da interpelação judicial do Dr. Hermano Albuquerque de Castro por parte de Instituto ligado à indústria do amianto no Brasil

 

A SPPT manifesta seu repúdio à tentativa de cerceamento do direito de expressão e de intimidação do médico pneumologista e pesquisador da Fiocruz Dr. Hermano Albuquerque de Castro por parte do Instituto Crisotila, instituição defensora do uso do amianto no Brasil.

As declarações do Dr. Hermano que motivaram a ação da referido Instituto estão em conformidade com o conhecimento científico disponível na literatura internacional. Além disso, contribuem para o esclarecimento da população sobre os riscos à saúde decorrentes do uso da mencionada fibra, exercendo assim uma função prioritária do médico.

As fibras de amianto são cancerígenas – conforme atestam milhares de publicações científicas – e assim são classificadas pela Agência de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), vinculada à Organização Mundial da Saúde, por agências ambientais dos EUA, da UE e pela legislação nacional (Anexo II do Decreto 3.048/99 e Portaria do Ministério da Saúde GM 1.339/99);

Não existe limite mínimo seguro para exposição a cancerígenos.
Materiais de fibrocimento com asbesto, por óbvio contém a fibra.
Perfurar, raspar, abrasar estes materiais são ações que liberam poeira com a fibra.

Por estas razões vimos manifestar nossa solidariedade e apoio ao pesquisador contra o ataque que sofre dos defensores do uso de um dos reconhecidos produtos cancerígenos.

 

São Paulo 14 de fevereiro de 2012

 

Ubiratan de Paula Santos

Médico e coordenador da Comissão de Saúde Ocupacional e Ambiental da SPPT

Mônica Corso Pereira

Presidente da SPPT

 

 

Informações para a imprensa

Acontece Comunicação e Notícias

Monica Kulcsar ou Juliana Machado
(11) 3873-6083 / 3871-2331
acontececom2@acontecenoticias.com.br
www.acontecenoticias.com.br

 

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Educação e Preparação para Acreditação – Consórcio Brasileiro de Acreditação CBA/JCI

 

 

Obs.: Este material foi realizado pelo CBA. A Conexão Médica está apenas divulgando a iniciativa, não tendo qualquer envolvimento com a atividade.

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Sou médico, meu trabalho tem valor

Florentino Cardoso

O titulo deste artigo foi slogan de uma campanha das entidades médicas nacionais em 2004, pela valorização do trabalho médico e da medicina. Passados quase oito anos, a situação pouco mudou, a despeito da luta incessante de instituições como a Associação Médica Brasileira (AMB).


É certo que conquistas foram obtidas, como no recente movimento na saúde suplementar. Em vários estados do Brasil operadoras de saúde promoveram reajustes em consultas durante 2011. No entanto, ainda não chegaram aos patamares mínimos reivindicados pelos médicos nem resolveram a dramática defasagem dos demais procedimentos.


A exploração do trabalho médico impacta diretamente a qualidade da medicina, assim como a assistência aos cidadãos. Para quitar suas contas e garantir a sobrevivência, médicos são obrigados a acumular diversos empregos, cumprindo jornadas de 60, 70 ou mais horas semanais. Indivíduo  algum, seja de que área for, consegue manter a excelência do seu trabalho com tamanha sobrecarga.

 

Mais alarmante ainda é ver que a problemática da desvalorização do médico e da medicina parece atender a uma política deliberada. Se juntarmos algumas peças do quebra-cabeça da saúde é a essa conclusão que chegaremos fatalmente, lamentavelmente. Vamos mudar esse rumo!

 

O Brasil é um dos países que menos investe em saúde no mundo. Meses atrás, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou relatório anual com dados sobre a saúde no mundo, entre eles os investimentos no setor por Pais. Entre os 192 avaliados, ocupamos a medíocre 151º posição. Aqui, a parcela do orçamento reservada à saúde é em torno de 7%. A média africana, extremamente mais pobre e com inúmeross problemas sociais, é de 9,6%.

 

O Sistema público de saúde (SUS) sofre com recursos insuficientes, impedindo a prática da boa medicina. A triste consequência surge com significativa parcela de profissionais qualificados afastando-se cada vez mais da rede pública. Isso sem falar nos salários irrisórios; na tabela do SUS que (só a título de exemplo) remunera uma consulta básica de clínico geral, ginecologista e pediatra em menos de R$ 3,00; na falta de um plano de cargos e vencimentos, de uma carreira de estado, na violência nas periferias, entre tantos outros complicadores.

 

Tem sido conhecida por todos as péssimas condições de trabalho e de assistência no SUS, ocasionando frustração e desmotivação. Graves obstáculos ao atendimento adequado marcam o dia a dia de postos de saúde, ambulatórios e hospitais. Quanto mais carente a região e mais necessitada a população pior é o quadro, bem evidenciado nas longas filas de espera por consultas, exames e cirugias. Angustia-nos ver pacientes jogados em macas no meio de corredores, falta de profissionais, de medicamentos e equipamentos. Mortes evitáveis ocorrem, especialmente nas grandes emergências.

 

Se já consideramos o retrato da saúde pública algo como filme de guerra, vejamos o que mais tem por aí: nos últimos anos faculdades de medicina foram criadas às dezenas de norte a sul do Brasil, a maior parte delas escolas privadas (estarão visando somente o lucro?) sem estrutura mínina para formar bons médicos. Falamos de cursos sem hospital escola, com corpo docente não adequadamente qualificado, bibliotecas precárias, grade pedagógica deficiente.

 

O resultado é o que vimos dias atrás, quando o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo apresentou o resultado das avaliações de prova facultativa com estudantes do último ano de medicina. Quase metade deles não sabe interpretar uma radiografia, fazer um diagnóstico após receber as informações dos pacientes. Metade também faria o tratamento errado para infecção na garganta, meningite e sífilis e não é capaz de identificar uma febre alta como fator que eleva o risco de infecção grave em bebê. Em outras palavras: o que podemos esperar?, e nossos filhos, pais, amigos e parentes de pessoas formadas com tamanha insuficiência de conhecimento? É, de fato, assustador.

 

Poderíamos parar por aqui para alicerçar o argumento de que médicos e medicina sofrem ataque deliberado nos últimos anos, assim como a assistência à população. Só que há mais, muito mais. Agora mesmo o governo federal, com a cumplicidade de alguns estados, sinaliza com a possibilidade de facilitar a revalidação de diploma de médicos brasileiros formados na Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM) de Cuba. Comenta-se que a idéia é permitir que façam estágio em hospitais públicos, recebendo bolsa (com recursos de nossos impostos), enquanto fazem cursinho de reforço para se preparar para uma prova. Um absurdo, que merece o devido parecer do Ministério Público Federal. Porque essa predileção por Cuba? Não somos contra médicos formados fora do Brasil virem morar e trabalhar aqui, todavia defendemos direito igual para todos.

 

Existe o REVALIDA, devidamente chancelado pelo Ministério da Educação e que deve ser nesse momento o caminho para todos aqueles que querem revalidar seu diploma conseguido no exterior. Fortaleçamos o REVALIDA e não permitamos que qualquer faculdade ou universidade faça revalidação de diploma fora desse contexto.

 

Defendemos o sistema público de saúde (SUS). Não é possivel o SUS continuar com recursos insuficientes e profissionais desvalorizados. Ao fazer vistas grossas à má formação e facilitar o ingresso na linha de frente da assistência de quadros não capacitados formados no exterior, afronta-se as reais necessidades dos cidadãos brasileiros, coloca-se em risco a saúde e o bem-estar dos pacientes, desvaloriza-se os bons médicos e bombardeia-se a nossa medicina – hoje ainda uma referência como excelência.

 

Como presidente recém-empossado da Associação Médica Brasileira (AMB), registro publicamente para que fique bem claro: reagiremos à altura em nome da boa prática médica e da adequada assistência ao povo brasileiro. Jamais defenderemos castas, pois queremos uma mesma medicina para todos. Deve prevalecer sempre o mérito e não viéses surgidos de arroubos, que não sabemos que interesses defendem. Sou médico e tenho compromisso com a vida, com a medicina e com a saúde da população.

 

Florentino Cardoso

Presidente da Associação Médica Brasileira

 

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