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Benefícios do chocolate para o coração
Substância presente no chocolate age como protetor cardiovascular
O período em que se comemora a Páscoa estimula ainda mais o consumo da guloseima favorita de muitas pessoas: o chocolate. Aliado a sensações de prazer e bem estar, rico em carboidratos e excelente fonte de energia, o chocolate também beneficia a saúde do coração, pois contém o flavonóide, uma substância antioxidante presente na semente do cacau. Quando absorvido, a substância ajuda na redução da formação de placas de gordura e diminui a oxidação do colesterol ruim beneficiando o funcionamento do coração.
Um relatório apresentado pela Associação de Cardiologia dos Estados Unidos afirma que o chocolate ajuda a reduzir os riscos de ataque cardíaco e diminui a tendência de coagulação das plaquetas e de obstrução dos vasos capilares. “Embora sejam comprovados os benefícios do chocolate para as doenças cardiovasculares, é importante ressaltar que o consumo deve ser em pequenas quantidades, uma vez que o chocolate contém gordura saturada e açúcar que, em excesso, podem trazer efeitos nocivos à saúde”, afirma Daniel Magnoni, cardiologista e nutrólogo do Hospital do Coração.
A fabricação do chocolate depende de três componentes: o licor de chocolate ou massa de cacau, a manteiga de cacau (óleo de theobroma), o açúcar e o leite. A gordura da manteiga de cacau, o leite e o açúcar são os principais ingredientes que agregam gordura e calorias ao chocolate.
Por ser vegetal, a gordura da manteiga de cacau não contém colesterol e o percentual de gordura saturada e insaturada em sua constituição está dentro das recomendações estabelecidas pela Associação Americana de Cardiologia (AHA). Porém é necessário avaliar o rótulo do produto. Em uma porção de 25g com até, aproximadamente, 120 calorias, 4,5 g saturada, ausentes em colesterol e açúcar, é uma boa opção.
De acordo com a nutricionista do HCor, Camila Ragne Torreglosa, sendo o chocolate um alimento naturalmente calórico devemos considerar a presença de alguns ingredientes extras como, castanhas, avelã, amendoim e recheios variados o que acrescenta energia ao produto. “O consumo de chocolate irá depender do valor calórico total da dieta, um consumo moderado de chocolate é de 30 gramas (1 barra pequena) de chocolate amargo (70-80% de cacau) por dia”, completa.
O chocolate e o cacau em pó também contém, ainda, minerais como cromo, ferro, magnésio, sódio, fósforo e potássio, e também vitaminas A, B, C e D. A semente original apresenta quantidade significativa de vitaminas E e B, mas com a adição dos outros ingredientes, estas vitaminas encontram-se em baixas quantidades no chocolate. E nesta época do ano, é possível observar uma ampla variedade de chocolates, que para alcançarem estas fórmulas requerem adição extra de manteiga de cacau. Com ela é possível moldá-los de acordo com as necessidades culinárias e por isso é importante ter atenção com a quantidade consumida.
Qual o melhor chocolate
Segundo a nutricionista, o melhor chocolate é o amargo, que possui menores quantidades de gordura e açúcar e quantidades significantes de antioxidantes. A massa de cacau, um dos ingredientes utilizados na fabricação do chocolate, é responsável por fornecer os antioxidantes. O chocolate amargo é o que possui maior teor de massa de cacau. Por isso, o chocolate amargo puro com 70-80% de cacau é o mais indicado.
Dicas para curtir a páscoa sem exageros
·No almoço de páscoa, onde a família se reúne para confraternizar indica-se evitar os exageros alimentares. Uma salada farta, peixe grelhado ou assado e arroz colorido com legumes, compõem uma mesa de almoço nutricionalmente equilibrada. Permitindo, assim, que a sobremesa seja o ovo de páscoa.
·Os pais, responsáveis pela compra dos ovos, devem comprar somente o necessário. Combine com os avôs e tios a quantidade de ovos a serem adquiridos. Uma criança, geralmente, recebe muitos ovos de páscoa como “presente”, ingerindo chocolate em exagero. Estamos na era do consumo consciente, sempre pense antes de comprar e avalie a necessidade e prejuízos.
Mitos e verdades
– Mito: O chocolate denominado Diet nem sempre é a melhor opção para o Diabético, pois, pode conter maior teor de gordura saturada que os demais chocolates.
– Mito: O consumo de chocolate, ao contrário do que comumente se diz, não causa dependência do organismo. Na verdade, um estudo mostrou que as pessoas têm desejo por chocolate porque gostam da sensação de comê-lo;
– Verdade: O chocolate contém estimulantes, como a cafeína e a teobromina, que gera um efeito energético que incide sobre a concentração e a capacidade física de quem o consome em quantidades moderadas.
– Verdade: O consumo excessivo de ovos de páscoa prejudica a redução e controle do peso. Atenção, um ovo de páscoa pode conter até 2500 calorias!
Fonte: HCor – Hospital do Coração
Eficiência da ração humana sobre os quilos a mais causa euforia no Brasil
Utilização da mistura de farelos cresce entre os que lutam contra o ganho de peso
É cada vez maior a quantidade de pessoas que utilizam mistura de farelos como forma de dieta. A ração humana, como é conhecida, ganha cada dia mais adeptos na esperança de emagrecimento. A maioria dos ingredientes é boa fonte de carboidratos, minerais e vitaminas do complexo B, sendo que alguns deles combatem os radicais livres – grandes inimigos do emagrecimento -, outros regulam o colesterol, bem como levam vitaminas e minerais ao organismo.
De fato, trata-se de algo saudável, porém, o que causa preocupação na classe médica é o exagero por parte de alguns consumidores. “Essa mistura de farelos deve ser utilizada como complemento alimentar, jamais em substituição às refeições, mesmo porque não possui todos os ingredientes que uma alimentação correta deve ter, isso sem contar que muitos de seus componentes são calóricos e, se a pessoa comer demais, pode engordar em vez de emagrecer”, revela o médico Dr. Luiz Eduardo Rossi Campedelli, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Apesar de saudável, Campedelli faz um alerta em relação à ração. “Não são todas as pessoas que podem ingerir tal alimentação. No caso dos diabéticos e hipertensos, por exemplo, não é indicado, já que o produto conta com cacau, açúcar mascavo, glúten, entre outros ingredientes que devem ser evitados por quem possui tais doenças. Por isso, é de extrema importância o acompanhamento de um especialista, que determinará se a pessoa está apta ou não a consumir o produto, bem como definirá a quantidade adequada para ingestão”, diz.
O segredo para a eficiência da ração humana está no fato de ela ser rica em vitaminas do complexo B, enquanto pessoas com deficiência nestes nutrientes encontram mais dificuldades para emagrecer. “Há também as fibras, que ajudam a regular o intestino, estimulam a digestão, desintoxicam e inibem a absorção de gordura”, afirma o médico.
Segundo o profissional, de tempos em tempos surgem novas alternativas que prometem verdadeiros milagres para a perda de peso; mas a verdade é que não existe milagre algum. “Para obter sucesso é preciso mudar os hábitos alimentares, fazendo pequenas e saudáveis refeições a cada três horas, bem como praticar atividade física regularmente”, finaliza Dr. Campedelli.
Endometriose: cólicas menstruais muito intensas e dor durante a relação sexual
O estilo de vida da mulher moderna vem sendo apontado como o grande responsável pelo aumento de casos da endometriose
Ainda não totalmente desvendada pela Medicina, a endometriose se apresenta cada vez com mais freqüência. Sua incidência tem aumentado consideravelmente, porém os especialistas ainda não sabem ao certo a causa do problema. “Com a difusão de mais informações sobre a doença, tanto para os médicos, quanto para a população em geral, os diagnósticos estão sendo feitos com maior precisão e em maior número”, afirma o ginecologista Aléssio Calil Mathias, diretor da Clínica Genesis.
Além da maior facilidade de diagnóstico, que faz com que mais casos sejam identificados, o estilo de vida da mulher moderna vem sendo apontado como o grande responsável pelo aumento de casos da endometriose. “Hoje, a tendência mundial é que a mulher se case e engravide mais tarde e tenha menos filhos. Em conseqüência destes comportamentos, a mulher fica mais exposta aos ciclos menstruais, o que a torna mais suscetível à doença”, explica o ginecologista.
Informações Básicas sobre a doença
Relacionada ao ciclo menstrual e ao sistema imunológico, a endometriose atinge até 10% das mulheres em idade fértil e é encontrada com mais freqüência nas que têm mais de 35 anos. Porém, 20% delas nem sempre sabem que têm a doença porque não apresentam nenhum sintoma. “A paciente que tem algum parente em primeiro grau com endometriose corre mais risco de desenvolver a doença, que se desenvolve na adolescência. Entretanto, o diagnóstico, geralmente, só é feito entre mulheres de 25 a 35 anos”, observa o diretor da Clínica Genesis.
A endometriose é caracterizada pelo implante de células endometriais fora do útero. “O nome da doença vem da palavra endométrio, camada que reveste o interior do útero e que é eliminada durante a menstruação, todos os meses, se a mulher não engravidar. A endometriose ocorre quando, por algum motivo, o endométrio se encontra fora do útero”, explica o ginecologista.
A razão de parte das células do endométrio sair do útero e se reagrupar em outras regiões como ovários, tubas uterinas, superfície do útero, bexiga, dentre outros órgãos, ainda não foi completamente esclarecida pela ciência. “Porém, com o conhecimento que já adquirimos, sabemos que os focos de endométrio alojados em outros órgãos continuam estimulados pelos hormônios. E, a cada ciclo menstrual, se comportam como se estivessem dentro do endométrio. Dessa maneira, a cada menstruação, ocorrem sangramentos semelhantes ao fluxo menstrual normal nos focos de endométrio dispersos”, explica Aléssio Calil Mathias.
Além da menstruação, os especialistas acreditam que a doença pode se instalar em algumas mulheres devido a algum distúrbio no sistema imunológico das portadoras de endometriose. Essa é uma das teorias mais modernas que explicam o surgimento da doença: Em geral, quando as células do endométrio se alojam em outras regiões do organismo feminino, o sistema imunológico entra em ação para que seja realizada a limpeza ou a eliminação dos focos de endométrio fora do útero. “Mas, por algum problema no sistema imunológico, esta ‘limpeza do organismo’ não acontece. Daí, as células se implantam nesses locais, sofrem a ação dos hormônios e acabam por desenvolver a endometriose”, explica o médico.
Caracterização do quadro doloroso
Todo este desequilíbrio no organismo e o crescimento do tecido endometrial em lugares incomuns causam sintomas bastante dolorosos. “O primeiro a aparecer, em geral, é a cólica menstrual (dismenorréia). Ela é progressiva. Ou seja, no princípio, a mulher refere-se a ela como leve. Entretanto, com o passar dos anos, a dor vai piorando até ficar muito intensa, o que a impede de fazer suas atividades habituais. Outro sintoma é a dor durante a relação sexual (dispaneuria)”, alerta o ginecologista.
As cólicas menstruais que caracterizam a endometriose não melhoram com medicação, apresentam-se muito severas e requerem repouso. A dor que acontece durante a relação sexual, em geral, aparece quando a penetração é profunda e tende a ser mais intensa no período pré-menstrual.
Como as células do endométrio podem se alojar em várias regiões do organismo feminino, as teorias mais modernas defendem que a endometriose também não se apresenta como uma só, mas, na verdade, de maneiras distintas. São três as principais formas de endometriose. Uma delas aparece na superfície do peritônio, camada que reveste internamente o abdome. A outra, mais freqüente, é a forma ovariana, na qual os focos do endométrio se apresentam como cistos com conteúdo de cor achocolatada. Por fim, existe a endometriose profunda, quando as células invadem as camadas do intestino e o septo retovaginal. Esta forma, além de dificultar as relações sexuais, ainda pode causar sangramento e obstrução intestinal.
Importância do histórico clínico da paciente
O diagnóstico inicial da endometriose pode ser feito por meio do histórico clínico da paciente e dos sintomas característicos da doença. “Nesses casos, um exame ginecológico também pode ajudar. A avaliação física é igualmente essencial na investigação da doença. O exame do abdome pode revelar ao ginecologista se há aumento abdominal ou dores localizadas. Já o exame do colo do útero pode detectar a doença no colo e/ou na parede vaginal, enquanto o toque ginecológico avalia possíveis aumentos nos ovários, dores atrás do útero e eventuais nódulos dolorosos presentes na endometriose profunda”, detalha o ginecologista e obstetra Aléssio Calil Mathias.
Dentre os exames complementares, que podem auxiliar a compor um diagnóstico preciso, destacam-se o ultra-som transvaginal especializado, que permite ao ginecologista obter imagens do útero, dos ovários e de lesões profundas causadas pela endometriose. A ressonância magnética da pélvis também auxilia no diagnóstico da endometriose profunda. “Contamos também com a videolaparoscopia, considerada por muitos o melhor método para diagnosticar a doença e para iniciar o tratamento, nos casos em que a cirurgia é indicada. Uma das vantagens deste exame é que ele permite ao médico enxergar pequenos focos da doença, nem sempre perceptíveis nos outros exames”, explica o ginecologista.
O tratamento da endometriose pode ser clínico ou cirúrgico, dependendo do tipo, do estágio que a doença atingiu e de quanto tempo está instalada. “A primeira preocupação ao iniciar o tratamento é saber se a mulher quer se livrar da dor ou engravidar. Dependendo da intenção da paciente, é indicado o melhor método terapêutico”, informa Aléssio Calil Mathias.
O uso de medicamentos é realizado nos casos mais brandos da doença, em mulheres que não desejam engravidar. É feito com a indicação do uso de anticoncepcionais orais ou injetáveis. “Outros medicamentos utilizados são os que paralisam as funções dos ovários e, com isso, diminuem a produção do hormônio estrógeno. Assim, quanto menor a concentração desse hormônio, menores os riscos de a doença progredir e menos intensas serão as dores”, explica o médico.
Fonte:
www.clinicagenesis.com.br
Equívocos e riscos do consumo da ração humana
É incorreto passar às pessoas a falsa idéia de que um único alimento é o bastante para assegurar a saúde. Esta falsa promessa impede que as pessoas assimilem comportamentos alimentares adequados
Quem ainda não ouviu falar sobre ela? A ração humana está na mídia e caiu no agrado popular. Quase um “milagre nutricional”, uma vez que é tida como um alimento completo capaz de regularizar o intestino, melhorar a disposição, auxiliar no combate à flacidez, prevenir os sintomas da menopausa, aumentar a saciedade, inibir a absorção de gorduras, reduzir o colesterol, prevenir as doenças cardiovasculares e o câncer e, ainda por cima, emagrecer. Como deixar de consumir algo tão precioso?
Para aqueles poucos que ainda não conhecem a fórmula milagrosa, ela engloba fibra de trigo, aveia em flocos, gérmen de trigo, levedo de cerveja, linhaça marrom, gergelim com casca, guaraná em pó, cacau em pó, açúcar mascavo, leite de soja em pó e gelatina sem sabor (Agar Agar)…
Efeitos intestinais
Dentre as propriedades creditadas à mistura, talvez a de mais fácil compreensão é a sua capacidade de melhorar o ritmo intestinal. Isso ocorre por conta do seu teor em fibras, provenientes do trigo e da aveia. “Entretanto, podemos nos beneficiar com o consumo das fibras sobre o ritmo intestinal de uma forma mais adequada, aumentando as pequenas porções de fibras em cada refeição, ou simplesmente, comendo um cereal matinal. É importante saber que nem a ração, nem o cereal matinal poderão auxiliar o intestino, se não houver maior ingestão de água. Sem uma adequada hidratação do organismo, as fibras poderão, inclusive, agravar a constipação intestinal”, informa a endocrinologista Ellen Paiva, diretora do Citen, Centro Integrado de Terapia Nutricional.
Efeitos na disposição física
Vivemos numa época que todos estão cansados e a procura de alimentos e medicamentos que aumentem a sua disposição. Milhares de pessoas em todo o mundo consomem vitaminas e outros suplementos com esse objetivo. “Na ração, o guaraná e o levedo de cerveja exerceriam tal função. Na verdade, não há qualquer evidência de que isso realmente ocorra. A melhora na disposição também é alcançada, na mesma proporção, pelas pessoas que ingerem um ‘placebo’, ou seja, quando consomem um composto supostamente benéfico, mas que realmente não tem nenhum efeito. O efeito placebo ocorre em cerca de 30% das pessoas. Atribuímos a esse efeito o sucesso da ração humana em proporcionar sensação de bem estar e disposição”, defende Amanda Epifânio, nutricionista do Citen.
Efeitos no combate à flacidez
O combate a flacidez é talvez o maior desafio dos profissionais da área de educação física e dos profissionais de saúde que realizam procedimentos estéticos. “Infelizmente, o que sabemos até agora é que nada é capaz de combater a flacidez, somente a atividade física regular. Gelatinas, cápsulas de colágenos, cremes das mais variadas e renomadas grifes de cosméticos são comercializadas no mundo todo com essa alegação sabidamente equivocada. Junta-se a estes produtos, agora, a ração humana”, diz Ellen Paiva.
Efeitos nos sintomas da menopausa
Apesar da Ciência já ter desmistificado os possíveis efeitos benéficos da soja sobre a saúde da mulher após a menopausa, ainda resta a crença popular sobre o tema. Por isso, tantos produtos à base de soja são comercializados com grande aceitação, como a ração humana. “Entretanto, é preciso saber que as isoflavonas da soja não favorecem o perfil lipídico, não melhoram as ondas de calor e não previnem a osteoporose, também não reduzem o índice de fraturas durante o climatério. Logo, também é falsa a crença de que a ração humana possa reduzir os sintomas da menopausa”, afirma a nutricionista do Citen.
Efeitos na perda de peso
Os presumidos efeitos da ração humana sobre a perda de peso provavelmente se devem ao fato de que muitas pessoas substituem refeições por duas ou mais colheres da mistura batidas com água ou leite. Obviamente que essa troca reduz o consumo calórico na referida refeição e pode levar a perda de peso. Isso ocorre com qualquer tentativa bem sucedida de redução do consumo calórico. “Entretanto, essa atitude, que não promove mudanças de hábitos alimentares, não garante adequação das demais refeições e falha em promover uma perda de peso saudável. Além disso, a saciedade descrita pelos adeptos da ração é extremamente variável e não evita a fome, ao longo do dia, podendo até levar a um maior consumo alimentar nas demais refeições”, alerta a endocrinologista Ellen Paiva.
Efeitos sobre o colesterol e doenças cardiovasculares
As sementes oleaginosas como a linhaça e o gergelim são comprovadamente ricas em um tipo de gordura que melhora o perfil lipídico e reduz a incidência de doenças cardiovasculares: as chamadas gorduras do bem ou ômega 3. “Entretanto, a prevenção de doenças do coração requer muito mais do que uma ou várias colheres de sopa de ração humana por dia. Talvez seja essa a nossa maior ressalva à repercussão causada por práticas alimentares simplistas, como o uso da ração humana. É incorreto passar às pessoas a falsa idéia de que um único alimento seja o bastante para assegurar a saúde. Esta falsa promessa impede que as pessoas assimilem comportamentos alimentares adequados, estes, sim, sabidamente eficazes na prevenção de doenças, mas de difícil implementação. Não é possível prevenir doenças sem hábitos saudáveis como um todo e sem a participação ativa do paciente”, defende Ellen Paiva, diretora do Citen.
Fonte:
www.citen.com.br
Formação de médicos – Estudantes da área de saúde ganharão bolsas de pesquisa
A formação de médicos será melhorada no país. Os ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Saúde, José Gomes Temporão, firmaram parcerias nesta quarta-feira, 3, para promover a iniciação ao trabalho e a vivência dos estudantes de graduação em saúde, de acordo com as necessidades do sistema público. Cerca de mil bolsas de pesquisa serão destinadas a estudantes, professores da educação superior e profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS).
Parte das bolsas terá origem no Programa de Educação para o Trabalho em Saúde (PET-Saúde), que foi ampliado e passará a atuar no combate a doenças como dengue, malária, sarampo, gripe e doenças sexualmente transmissíveis, ação conhecida como vigilância em saúde. Até então, o programa era voltado para a estratégia saúde da família, de atenção básica à saúde.
A nova configuração do programa vai permitir a destinação de 700 bolsas a estudantes que desenvolvam trabalhos sobre o perfil da saúde no Brasil, consideradas as necessidades do SUS. De acordo com o Ministério da Saúde, as pesquisas devem analisar a incidência de doenças, causas de mortes e problemas decorrentes da violência.
Os estudantes serão acompanhados por professores-tutores e por profissionais da saúde, que receberão bolsa mensal de R$ 1.045,89 — os estudantes ganharão bolsa-incentivo de R$ 300. Os benefícios correspondem aos valores pagos pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O investimento anual previsto é de R$ 4 milhões. Os projetos devem ser apresentados por instituições de ensino superior públicas ou particulares sem fins lucrativos, em parceria com secretarias estaduais e municipais de saúde. Em breve, será publicado edital na página eletrônica do Ministério da Saúde.
Internato — Outro acordo firmado nesta quarta-feira diz respeito ao Programa de Apoio ao Internato Médico em Universidades Federais (Pró-Internato). A iniciativa tem o objetivo de melhorar a qualidade do ensino na área de saúde pública e estimular a produção de pesquisas. O programa oferecerá bolsas a estudantes, professores e profissionais da saúde vinculados à supervisão do estágio curricular da graduação em medicina, o internato. O investimento do governo federal será de R$ 3 milhões. Terão prioridade projetos de pesquisa apresentados pelas faculdades de medicina das instituições federais de educação superior que não tenham hospitais universitários próprios. Os valores das bolsas são os mesmos do PET-Saúde.
Para o ministro Fernando Haddad, a ação conjunta entre educação e saúde está baseada na parceria e no diálogo franco. “É um ambiente de trabalho no qual a disputa deu lugar à cooperação”, afirmou. Haddad citou diversos avanços nos trabalhos conjuntos. Entre eles, as melhorias dos hospitais universitários, a formação continuada de professores na área da saúde, a residência médica baseada na demanda do SUS e o novo financiamento — o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) permite agora a quitação da dívida do estudante com trabalho na rede pública de saúde.
Na visão do ministro José Gomes Temporão, os avanços dos dois últimos anos foram possíveis graças à criação de uma comissão interministerial, instituída por decreto. “Para a saúde, a parceria com o MEC é fundamental, já que a área precisa de profissionais bem formados”, disse. “Com uma formação adequada, conseguiremos resgatar a base do sistema, na qual o trabalho na atenção básica à saúde seja suficiente para a realização profissional dos médicos.”
Assessoria de Comunicação Social
MEC
Interior de SP tem melhor hospital público, e capital, melhor maternidade
‘Provão do SUS’ coloca em primeiro lugar o Hospital Estadual de Ribeirão Preto e a maternidade do Hospital Santa Marcelina de Itaquera
O melhor hospital público do Estado de São Paulo fica em Ribeirão Preto. A melhor maternidade, a zona leste da capital paulista. Eles foram os primeiros colocados na Pesquisa de Satisfação dos Usuários do Sistema Único de Saúde, conhecida como “Provão do SUS”, promovida pela Secretaria de Estado da Saúde.
Entre os melhores hospitais o mais bem avaliado pelos pacientes da rede pública foi o Hospital Estadual de Ribeirão Preto, inaugurado em março de 2008. Já entre as maternidades o primeiro lugar ficou com o Hospital Santa Marcelina de Itaquera, na capital.
A pesquisa ouviu, no total, 158 mil pacientes que passaram por internações e exames em 630 estabelecimentos de saúde conveniados à rede pública paulista entre março de 2009 e janeiro de 2010.
Foram eleitos vencedores os hospitais que tiveram maior pontuação média entre os que tiveram 100 ou mais respostas encaminhadas pelos usuários e as maternidades que obtiveram 30 ou mais respostas. Os pacientes receberam o formulário da pesquisa pelo correio, depois do tratamento a que se submeteram, e puderam responder gratuitamente pela internet, carta-resposta ou por telefone.
O “provão” do SUS tem como objetivo monitorar a qualidade de atendimento e a satisfação do usuário, reconhecer os bons prestadores, identificar possíveis irregularidades e ampliar a capacidade de gestão eficiente da saúde pública. Na pesquisa foram avaliados o grau de satisfação com o atendimento recebido pelos pacientes, nível do serviço e dos profissionais que prestaram o atendimento, qualidade das acomodações e tempo de espera para a internação. Para a classificação das maternidades também foram incluídas perguntas específicas sobre humanização do parto.
“Esta pesquisa é muito importante para termos uma resposta do usuário em relação aos serviços prestados pelas unidades conveniadas ao SUS, verificando o que está andando bem e o que ainda precisa melhorar. A premiação aos hospitais bem mais colocados no ‘provão’ é uma maneira de reconhecer o trabalho e o empenho dessas instituições em favor da saúde pública”, diz o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.
Os 10 melhores hospitais do SUS de São Paulo na avaliação dos usuários
ESTABELECIMENTO | MUNICÍPIO | MÉDIA GERAL |
Hospital Estadual de Ribeirão Preto | Ribeirão Preto | 9,493 |
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo | São Paulo | 9,463 |
Hospital do Câncer Pio XII | Barretos | 9,452 |
Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais | Bauru | 9,384 |
Hospital do Câncer A.C. Camargo | São Paulo | 9,378 |
Hospital Evangélico de Sorocaba | Sorocaba | 9,346 |
Hospital Regional de Divinolândia | Divinolândia | 9,346 |
Hospital Amaral Carvalho | Jaú | 9,332 |
Hospital Regional de Assis | Assis | 9,327 |
Santa Casa de Ibitinga | Ibitinga | 9,321 |
As 10 melhores maternidades do SUS de São Paulo na avaliação dos usuários
ESTABELECIMENTO | MUNICÍPIO | MÉDIA GERAL |
Hospital Santa Marcelina | São Paulo | 9,126 |
Hospital Geral de Itapecerica da Serra | Itapecerica da Serra | 9,025 |
Hospital Estadual de Vila Alpina | São Paulo | 9,016 |
Caism (Centro Integral de Atendimento à Saúde) do Hospital das Clínicas | Campinas | 9,012 |
Hospital Regional de Cotia | Cotia | 8,982 |
Hospital São Francisco de Assis | Jacareí | 8,977 |
Hospital Geral de Itaquaquecetuba | Itaquaquecetuba | 8,936 |
Hospital das Clínicas | Ribeirão Preto | 8,934 |
Hospital Geral de Guarulhos | Guarulhos | 8,933 |
Hospital Estadual de Sumaré | Ibitinga | 8,930 |
Secretaria de Estado da Saúde
Assessoria de Imprensa
(11) 3066-8707 / 8711
Mais responsabilidade com a saúde e a Medicina
Voltaram a figurar na imprensa, nos últimos dias, notícias relacionadas à interiorização da Medicina. Todos sabemos que o Brasil tem carência enorme de profissionais médicos em áreas de difícil acesso. Seria perfeito se, entre as reportagens, houvesse alguma dando conta de que o governo elaborou política consistente e responsável para resolver o problema.
Porém, não é o que ocorre. Podemos citar como exemplo a política anunciada no fim de 2009 que sugeriu a criação de facilidades para a convocação de médicos ao serviço militar obrigatório, mesmo após dispensados anteriormente por excesso de contingente. Mais recentemente, também foi apontada a possibilidade de financiamento do estudo de alunos em escolas particulares de Medicina, tendo como contrapartida a prestação de serviços em áreas remotas após a graduação.
Ora, são propostas irresponsáveis e que não tratam a Medicina e a saúde com o respeito que merecem. As entidades médicas brasileiras, entre elas a Sociedade Brasileira de Clínica Médica, já se posicionaram firmemente contra tais sandices. No caso do serviço militar obrigatório, é um absurdo achar que é possível transformar o recém-formado em mão de obra remanejável apenas porque o governo não tem capacidade de equacionar os problemas da assistência aos cidadãos.
Já o financiamento de bolsas nos moldes propostos, acabaria, de fato, enriquecendo os maus empresários da educação. Colocar dinheiro em escolas que oferecem formação de má qualidade e não possuem estrutura adequada é um atentado contra a população. Um médico mal formado não é alento à comunidade; pode representar grave risco à saúde.
Para resolver esse gargalo do sistema de saúde, precisamos de uma política transparente, racional, que considere as necessidades da população e trate com respeito os recursos humanos. São necessários remuneração adequada, possibilidade de educação continuada permanente, boas condições para o exercício profissional, entre outros pontos.
Enfim, precisamos urgentemente de bom senso. Não será com encaminhamentos esdrúxulos e equivocados que pagaremos a dívida social que temos com os desassistidos. Precisamos, sim, é de postura pública e dignidade, o que envolve o resgate do Sistema Único de Saúde e o plano de carreira dos seus médicos.
Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica
Osteoporose: uma doença associada à longevidade, que pode ser prevenida
Com o aumento da expectativa de vida, osteopenia e osteoporose passaram a fazer parte do nosso vocabulário
Uma pesquisa feita com 174 idosos atendidos em vários hospitais do Rio de Janeiro, pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, concluiu que mais da metade dos pacientes que sofreram fraturas decorrentes de quedas acidentou-se dentro de casa. O banheiro é o cômodo mais perigoso: 18% caíram nesse local. Do lado de fora, no quintal, a taxa foi maior (24%). A rua também representa um risco para a população nessa faixa etária: 41% das fraturas ocorreram fora de casa. Das vítimas, 74 tinham mais de 76 anos de idade, sendo que as mulheres foram muito mais afetadas do que os homens – 130 a 44.
É sabido que os adultos acima de 65 anos são mais suscetíveis a fraturas devido à estrutura esquelética debilitada, fraqueza muscular e diminuição da acuidade visual. Realizar atividades de baixo impacto – como caminhar e dançar -, alimentar-se bem, tomar sol ocasionalmente, evitar o tabagismo e o excesso de álcool são medidas que diminuem as taxas de osteoporose e, em consequência, as fraturas. “Há 30 anos atrás, quase ninguém falava em osteoporose. Hoje, com o aumento da expectativa de vida mundial, a doença transformou-se em tema de discussão constante. Isso porque as fraturas – principal problema causado pela osteoporose – estão ocorrendo com maior freqüência. As pessoas estão vivendo mais e, conseqüentemente, seus ossos se tornam mais susceptíveis ao desgaste”, explica o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Iredo, Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares.
A osteoporose é uma doença que está relacionada com o envelhecimento. Entre 1998 e 2008, a expectativa de vida do brasileiro passou de 69 anos para 72 anos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), homens e mulheres passaram a viver mais. As previsões indicam que, mantida a trajetória atual, em 2040, o Brasil alcançará o patamar dos 80 anos. Antes disso, porém, em 2030, a presença de idosos na população como um todo será quase idêntica à dos jovens.
Osteopenia x osteoporose
Com o aumento da expectativa de vida, osteopenia e osteoporose passaram a fazer parte do nosso vocabulário. Muitos ouvem o diagnóstico destas doenças e, mesmo sem compreender muito bem a gravidade da situação, têm a noção de que elas estão relacionadas à presença de ossos frágeis e propensos à fratura. “Quem tem osteoporose pode fraturar um osso simplesmente tossindo, espirrando ou mudando de posição bruscamente”, alerta Sérgio Lanzotti.
Quando falamos em osteopenia e osteoporose, o melhor é conhecer os causadores destas doenças para prevenir seu aparecimento. “Apostar na orientação e na disponibilização de informações é muito importante. É papel do médico alertar seus pacientes sobre a osteoporose. Em minha experiência clínica, pude constatar que, quando os pacientes não são bem orientados sobre a doença, logo abandonam o tratamento”, destaca o diretor do Iredo.
Osteoporose e sua prevenção
A osteopenia é a redução progressiva do cálcio dos ossos, que ao evoluir para graus maiores de gravidade leva à osteoporose. Ocorre por uma infinidade de causas, sendo as mais freqüentes: o climatério e a progressiva redução do hormônio feminino; o uso, a médio e longo prazos, de medicamentos, entre eles os glicocorticóides, os hormônios tireoideanos e alguns anticonvulsivantes; o alcoolismo; a imobilização prolongada e algumas doenças reumatológicas e endócrinas. Há ainda uma forte incidência familiar. Embora mais freqüente na mulher, a osteoporose também acomete o sexo masculino.
A osteoporose é uma doença previnível. A prevenção envolve alimentação saudável; exercícios físicos regulares; exposição ao sol; proteção medicamentosa dos ossos durante o uso prolongado de glicocorticóides e anticonvulsivantes; a polêmica terapia de reposição hormonal na menopausa; a correta reposição de hormônios tireodeanos; o consumo de álcool com moderação; a interrupção do fumo e a implementação de exames médicos de rotina e de procedimentos que evitem quedas.
Assegurando o aporte de cálcio
A alimentação é uma arma poderosa no combate à osteoporose. Ela garante um aporte adequado de cálcio para a mineralização óssea durante praticamente toda a vida. Após a menopausa, a redução do hormônio feminino provoca a perda de cálcio no corpo feminino e pode haver necessidade de suplementação do mineral, nesta etapa da vida.
Além disso, com o envelhecimento, em ambos os sexos, há uma progressiva redução na absorção de cálcio. Com o avançar da idade, a suplementação deste mineral pode prevenir a perda óssea e aumentar a densidade mineral óssea. “Entretanto, se já houver osteoporose manifesta, essa medida deve ser associada ao uso de medicamentos para evitar a perda progressiva ou até mesmo propiciar o ganho de massa óssea”, explica o especialista em Reumatologia.
De uma maneira geral, a suplementação de cálcio deve ser de 1000 a 1500mg de cálcio elementar/dia, após a menopausa, na mulher, e após os 60 anos, no homem. “Um cuidado especial deve ser observado em relação às pessoas com propensão a perda de cálcio pela urina e aos formadores de cálculos, pois, nesses casos, a administração do cálcio é contra indicada. Na impossibilidade da suplementação de cálcio, os laticínios são as melhores fontes de cálcio da dieta. O iogurte (400mg em 200ml), o leite (300mg em 200ml) e o queijo (400mg em 150g) devem fazer parte do cardápio destas pessoas”, explica Sérgio Lanzotti.
Além dos problemas com a absorção do cálcio, com o avançar da idade há redução dos níveis de vitamina D no sangue, fator que agrava ainda mais a absorção de cálcio pelo organismo. Pessoas com mais de 60 anos, geralmente, se beneficiam com a suplementação da vitamina D, principalmente se cronicamente enfermos ou se vivem em “casas de repouso”.
Prática de exercícios
Os exercícios de carga são efetivos para manter ou aumentar a densidade mineral óssea na coluna lombar e no quadril. “As recomendações médicas incluem também caminhadas, exercícios aeróbicos de pequeno e médio impacto e de resistência, quando tolerados”, diz Lanzotti.
Exercícios regulares também aumentam a massa e a força muscular, melhoram a coordenação e o equilíbrio e têm sido responsáveis pela redução em 25% do risco de quedas em idosos. Os exercícios que não utilizam a força da gravidade como os realizados na água – hidroginástica e natação – apesar de muito bons para o condicionamento físico e cardiovascular, não são benéficos para a prevenção e o tratamento da osteoporose.
Prevenção de quedas
A prevenção de quedas é importante na redução do risco de fraturas e inclui medidas que interferem em algumas incapacitações como alterações visuais; hipotensão postural e tonturas; fraqueza muscular; e o excesso de medicamentos que podem alterar o estado cognitivo e o equilíbrio. “A adequação dos ambientes com iluminação adequada, a instalação de corrimões em escadas e banheiros e o uso de calçados adequados auxiliam o tratamento preventivo”, afirma o reumatologista Sérgio Lanzotti.
Controle da doença
“Além da suplementação de cálcio e vitamina D e das demais medidas preventivas descritas anteriormente, contamos também com vários medicamentos que tornam possível a melhora da massa óssea e, mais importante do que isso, a redução do risco de fraturas”, explica o médico. O controle da doença é feito por meio de exames laboratoriais e da densitometria óssea, exame que consegue medir exatamente a quantidade de cálcio perdida e a evolução da recuperação óssea.
SBMFC fala sobre câncer de pele, mama e colo do útero no Dia Internacional da Mulher
Segundo a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) vão ocorrer mais de 480 mil novos casos de câncer este ano, sendo mais de 250 mil em mulheres. Os tumores mais incidentes para este público são os tumores de pele não-melanoma (60 mil novos casos), mama (49 mil), colo de útero (18 mil), cólon e reto (15 mil) e pulmão (10 mil). O presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Dr. Gustavo Gusso, afirma que as doenças podem ser evitadas com visitas regulares ao médico e adotando as medidas necessárias de prevenção. “O câncer de mama é o mais temido devido aos efeitos psicológicos que afetam a sexualidade e a imagem pessoal. No Brasil, ele é o que mais causa mortes entre as mulheres”.
Números do INCA
Câncer de pele: O número de casos novos de câncer de pele não-melanoma estimado para o Brasil é de 60.440 nas mulheres em 2010. Esses valores correspondem a um risco estimado de 61 a cada 100 mil mulheres. O câncer de pele não-melanoma em mulheres é o mais frequente nas regiões Sul (87/100.000), Centro-Oeste (66/100.000), Nordeste (61/100.000) e Norte (28/100.000). Na Região Sudeste (56/100.000) é o segundo mais incidente.
Mama: O risco estimado de câncer de mama entre as brasileiras é de 49 casos a cada 100 mil mulheres. Na Região Sudeste, esse é o tipo mais incidente (65 casos novos por 100 mil mulheres). Sem considerar os tumores de pele não-melanoma, o câncer de mama também será o mais frequente nas mulheres das regiões Sul (64/100.000), Centro-Oeste (38/100.000) e Nordeste (30/100.000).
Colo do útero: São esperados 18.430 casos de câncer de colo do útero no Brasil em 2010, com risco estimado de 18 casos a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, é o mais incidente na Região Norte, com risco de 23 casos a cada 100 mil mulheres. Nas regiões Centro-Oeste (20/100.000) e Nordeste (18/100.000), ocupa a segunda posição e nas regiões Sul e Sudeste, a terceira.
Sobre as doenças
No caso de câncer de mama, o sintoma principal do câncer palpável é o nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações ou um aspecto semelhante a casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos na axila. O presidente da SBMFC não indica o auto-exame das mamas e sim a realização dos exames de rotina como a mamografia dos 50 aos 69 anos com frequência mínima de dois anos. O histórico familiar e a idade são fatores que podem ocasionar o câncer.
O Brasil registra seis vezes mais mortes por câncer do colo uterino do que os países desenvolvidos como a Inglaterra e os Estados Unidos. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 9 mil brasileiras morrem por ano vítimas do tumor. Vários são os fatores de risco como fatores sociais, má higiene, uso prolongado de contraceptivos orais, atividade sexual precoce, gravidez antes dos 18 anos, fumo, infecção pelos vírus HPV e HSV, vida sexual ativa com vários parceiros. “O vírus HPV, por exemplo, está presente em 94% dos casos de câncer de colo do útero. O exame preventivo, o papanicolaou, deve ser feito anualmente”, orienta Gusso.
O câncer de pele é o tipo mais comum. Em 90% dos casos estão relacionados à exposição excessiva ao sol. Por ser visível pode ser diagnosticado e tratado em fase precoce, o que torna a cura possível na maioria dos casos. “Ferida sem causa aparente que não cicatriza; pinta ou sinal de nascença que sofreu alteração no tamanho, cor e aspecto, acompanhado de coceira, dor ou sangramento, são os sintomas que o paciente pode ficar atento. Os fatores de risco não são a causa do problema, mas aumentam as chances da pessoa desenvolver a doença. A hereditariedade, a exposição inadequada ao sol, peles claras com grande quantidade de sardas ou pintas, entre outros podem ocasionar a doença”, diz o presidente.
Epilepsia atinge 50 milhões de pessoas no mundo
Deste número, 90% estão concentrados nos países subdesenvolvidos. Estima-se 2,4 milhões de novos casos a cada ano, sendo 50% entre crianças e adolescentes
A epilepsia é uma doença cerebral caracterizada por convulsões e vários outors sintomas, desde os imperceptíveis aos mais graves e frequentes, que afeta pessoas de todas as idades, sexo e raças. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) existem 50 milhões de pessoas no mundo que são portadoras da doença, sendo 90% residentes em países em grau de desenvolvimento como o Brasil. Estima-se 2,4 milhões de novos casos a cada ano no mundo, sendo 50% dos casos entre crianças e adolescentes. “Apesar do cenário, os casos diagnosticados podem ser tratados com sucesso, com adequada orientação médica e utilização de medicamentos de forma correta”, afirma o Dr. Cid Carvalhaes, neurocirurgião e presidente do Sindicato dos Médicos de SP (Simesp).
Existem vários tipos de epilepsia, a mais comum é chamada de epilepsia idiopática, que não há identificação de sua causa, e as demais chamadas de epilepsia secundária ou sintomática, que é causada por ferimentos na cabeça, dificuldade de oxigênio no cérebro, trauma durante o nascimento, entre outros. “Os sintomas são variados dependendo do local do cérebro que é afetado e como se propaga. No entanto, os casos mais frequentes são a perda de consciência, perturbações nos movimentos, sensações estranhas pelo corpo – inclusive na visão, audição e olfato -, alteração de humor e no funcionamento do cérebro. Normalmente as pessoas que possuem a doença sofrem rejeições e preconceitos da sociedade causando, muitas vezes, necessidade de atendimento psicológico para a reintegração ao núcleo social”, explica Carvalhaes.
Exames como eletroencefalograma (EEG) e de neuroimagem são ferramentas que auxiliam no diagnóstico da doença. A epilepsia idiopática não possui prevenção. No entanto, as seguintes medidas podem ajudar a prevenir a epilepsia sintomática (secundária): evitar ferimentos na cabeça, a ação mais efetiva contra a epilepsia pós-traumática; realizar pré-natal adequado para que a criança não venha a ter traumas; não utilizar nenhum tipo de droga para baixar febre de crianças sem orientação médica, entre outras ações que podem ser recomendadas e seguir sempre a orientação médica especializada.
Fonte: Dr. Cid Carvalhaes, neurocirurgião e presidente do Sindicato dos Médicos de SP (Simesp).