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Posts Tagged ‘Ginecologia’

XV Congresso Brasileiro de Genitoscopia

De 7 a 10 de outubro, o XV Congresso Brasileiro de Genitoscopia debate temas de interesse no diagnóstico e tratamento do câncer do colo do útero e de outras doenças genitais, no Centro de Eventos da PUC, em Porto Alegre. Mais de 40 palestrantes brasileiros, além de seis convidados estrangeiros, como o professor Albert Singer, do Whittington Hospital da Inglaterra, e Walter Prendiville, do Coombe Women’s Hospital, da Irlanda, estarão presentes ao evento.

Mesmo com o aumento da cobertura de rastreamento (investigação em mulheres sem sintomas) das lesões precursoras do câncer do colo do útero na população brasileira, ainda são altas as taxas de incidência e de mortalidade pela doença. De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2010, são esperados 18.430 casos novos de câncer do colo do útero, gerando um risco estimado de 18 casos a cada 100 mil mulheres.

O Ministério da Saúde recomenda o rastreamento para as mulheres a partir dos 25 anos em nosso país. Ana Ramalho, chefe da Divisão de Atenção Oncológica do INCA, vai abordar no congresso o Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero. “Vamos debater evidências científicas que dão suporte às diretrizes do programa, condutas terapêuticas recomendadas nas lesões precursoras e  novas tecnologias no controle da doença”, acrescenta Ana Ramalho.

Para avaliar técnicas de diagnóstico e tratamento da doença, um dos destaques do evento  será a promoção de duas oficinas, pela Rede Colaborativa para o controle do câncer do colo do útero. A médica Paula Maldonado, presidente da Associação Brasileira de Genitoscopia, que promove o evento, destaca a importância de abordar, na teoria e na prática, o tratamento e a detecção precoce do câncer do colo do útero. “O congresso é uma ação que integra diversas profissionais para falar de uma doença que se pode prevenir”, destaca.

Também em debate o Protocolo do Ministério da Saúde para o rastreamento do câncer do colo do útero, elaborado em 1988, a partir de consenso promovido pelo INCA, envolvendo especialistas internacionais, representantes das sociedades científicas e de diversas instâncias ministeriais. O objetivo é a detecção precoce da doença e o diagnóstico de seus precursores no maior número possível de mulheres.

O tratamento dos estágios iniciais do câncer aponta para excelente prognóstico e manutenção da qualidade de vida das mulheres.  Como explica Fábio Russomano, médico do Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz, a realização a cada três anos do exame Papanicolaou (preventivo), após dois exames normais com intervalo de um ano, garante que três vezes mais mulheres possam ser atendidas pelas ações de rastreamento do Programa com segurança e eficiência. “Essa conduta otimiza a utilização dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS)”, pontua.

Segundo Fábio, vários estados vêm cumprindo metas de aumento de cobertura populacional com o Papanicolaou. Sul e sudeste estão mais adiantados na aplicação destas recomendações. Nessas regiões, dados mostram redução na mortalidade pelo câncer do colo e aumento dos diagnósticos de lesões precursoras, que são o objeto do Programa para, detectadas e tratadas, prevenir esta doença.

Serviço: XV Congresso Brasileiro de Genitoscopia – Patologia do Trato Genital Inferior

Local: Centro de Eventos da PUC, em Porto Alegre

Mais informaçõeswww.colposcopy.org.br

Fonte: Imprensa INCA : imprensa@inca.gov.br

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XV Congresso Paulista de Ginecologia e Obstetrícia começa nesta quinta-feira

Entre os dias 2 e 4 de setembro, ginecologistas e obstetras de todo o Estado e também de diversas regiões do país estarão reunidos em São Paulo,. No Expo Center Transamérica.  Durante o XV Congresso Paulista de Ginecologia e Obstetrícia, novidades na área de diagnósticos, fármacos, tratamentos e equipamentos estarão em mesas-redondas, palestras, fóruns e cursos.

O evento, promovido pela Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), terá também temas menos usuais em congressos científicos, alguns deles bastante polêmicos, que prometem debates acirrados. Serão 38 conferências, 63 mesas-redondas, 10 cursos intracongresso e outros 10 pré-congresso, além de 40 sessões de café com especialistas e 10 lunch meetings.
Também foram organizadas 11 sessões de ponto e contraponto, 8 debates informais, 20 sessões de “O que há de novo em…”, 6 sessões interativas, 4 períodos de apresentação de mais de 400 trabalhos científicos em forma de pôster, e ainda 37 apresentações orais dos melhores projetos.
Confira alguns dos destaques da programação:

INTERRUPÇÃO DA MENSTRUAÇÃO E ANTICONCEPÇÃO

A decisão de deixar de menstruar já é possível e vem ganhando cada vez mais adeptas em todo o mundo. No Brasil, não é diferente. Há casos em que a indicação é médica e tem o objetivo de tratar problemas sérios, como a endometriose, ou minimizar algum sintoma, como cólicas ou TPM. O tema, no entanto, é relativamente novo, gerando dúvidas por parte de pacientes e especialistas, além de algumas divergências.

As vantagens, desvantagens e métodos para a manutenção da mulher sem menstruar por longos períodos serão discutidos em forma de palestra e mesa-redonda, informa o dr. Paulo Giraldo, diretor-científico da SOGESP.

As novidades em anticoncepção também serão pontos altos do evento, trazendo para conhecimento de todos as futuras pílulas de hormônios naturais ou novos fármacos que agregam benefícios extras.

CIRURGIAS ROBÓTICAS E VIDEOCONFERÊNCIA

Entre as grandes novidades, destaque para as cirurgias robóticas e on-line em ginecologia. Já utilizadas em outras especialidades, como a neurologia ou a cardiologia, e experimentalmente em maior escala, também despontam como possibilidades para diversas situações da ginecologia, como a reprodução humana ou a videolaparoscopia.

O tema, no entanto, ainda é novo e deve despertar a curiosidade inclusive dos mais experientes.

MEDICINA ESTÉTICA

Solicitação cada vez mais constante no consultório do tocoginecologista, a abordagem estética será o mote de importante mesa-redonda.

“Cirurgias estéticas ou aplicação de botox na região genital são cada vez mais solicitadas pelas pacientes. Além disso, as mulheres têm dúvidas que não são propriamente ginecológicas, sobre depilação, tingimento de pelos pubianos, estrias ou manchas na pele, mas que acabam tendo que ser respondidas pelos ginecologistas”, explica dr. Paulo Giraldo.

Segundo ele, os profissionais não apenas precisam de informações sobre estes temas, mas também querem saber até que ponto vai a atuação do ginecologista, e quais os prós e os contras de se realizar procedimentos estéticos. Sobre o assunto, será realizada uma sessão de “Ponto e Contra-ponto” para discutir até onde o ginecologista poderá atuar.

ADMINISTRAÇÃO E MARKETING EM CONSULTÓRIO
Apesar de ótimos profissionais, os ginecologistas e obstetras, em geral, são péssimos administradores, revela dr. Paulo Giraldo. “Como não recebem orientação durante o curso médico, nas faculdades, acabam tendo sérias dificuldades de administrar seus consultórios. A dificuldade não está restrita apenas aos consultórios, mas também às clínicas e hospitais”.

No Congresso, os participantes receberão informações sobre gerenciamento e marketing de consultório, sempre relacionadas ao novo Código de Ética Médica.

HIGIENE ÍNTIMA

Diante do crescente surgimento de produtos voltados à higiene íntima feminina, é preciso reavaliar as indicações médicas sobre o tema, orientando as pacientes e alertando-as sobre a importância da escolha dos produtos e modo de usar para evitar efeitos indesejáveis.

FORMAÇÃO MÉDICA

A formação do tocoginecologista, as particularidades dos programas de residência médica e os principais aspectos que precisam ser melhorados estarão em pauta.

“Vivemos hoje realidades muito diferentes nos diversos pontos do país não apenas nas residências médicas, mas no currículo das faculdades, deixando algumas delas muito distantes do que é considerado ideal. O estado de São Paulo tem obrigação de zelar pela qualidade de suas residências em obstetrícia e ginecologia”, alerta dr. Giraldo.

DIA A DIA DO CONSULTÓRIO

O XV Congresso Paulista, com todas estas novidades, priorizará o dia a dia do tocoginecologista, sua atuação no consultório e as principais demandas durante sua rotina.

A rotina de investigação pré-natal, o esquema vacinal durante a gestação e a avaliação clínica do sofrimento fetal serão debatidos por experientes profissionais e poderão ajudar muito a prática dos obstetras presentes no XV Congresso Paulista.

“Debateremos as doenças sexualmente transmissíveis, saúde ginecológica, reprodução humana, endometriose, videolaparoscopia, vulvovaginites de repetição e muitos outros temas de grande interesse”, adianta dr. Giraldo.

Segundo ele, mais de 80% da grade científica é voltada para atualização e reciclagem profissional, atendendo especialmente o profissional que tem uma rotina extremamente corrida, sem tempo muitas vezes para ler ou participar de cursos, muito menos viajar para os eventos internacionais. Teremos também sessões “O que há de novo em..”, para oferecer as informações mais atuais e de ponta na ciência.

“Além disso, 10 cursos pré-congresso e outros 10 cursos intracongresso com temas práticos, mas profundos, para auxiliar na resolução de problemas das mais diversas ordens.

XV Congresso Paulista de Ginecologia e Obstetrícia

Data: 2 a 4 de setembro de 2010

Local: Transamérica Expo Center

Endereço: Avenida Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387, Santo Amaro – acesso pela Av. das Nações Unidas (Marginal Pinheiros), Ponte Transamerica

Mais informações e inscrições: www.sogesp.com.br

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Destaques do XV Congresso Paulista de Ginecologia e Obstetrícia

De 2 a 4 de setembro, no Expo Center Transamérica, especialistas de São Paulo e do Brasil debaterão os temas mais relevantes para a boa assistência à mulher

Diabetes e hipertensão na gravidez, cirurgia minimamente invasiva, vacinas para o HPV, câncer ginecológico, rastreamento do câncer de colo uterino, cirurgia robótica… É amplo e rico o temário do XV Congresso Paulista de Ginecologia e Obstetrícia, que ocorre entre 2 e 4 de setembro, com o intuito de contemplar todas as necessidades dos especialistas em sua atuação diária.

“A programação abordará os principais tópicos em ginecologia e obstetrícia para oferecer atualização prática de excelência”, afirma Paulo Giraldo, diretor científico da SOGESP. “Será um grande diferencial para o desenvolvimento profissional e a consequente qualificação da assistência à saúde de nossas pacientes”.

Para a edição 2010 do Congresso, além dos tradicionais Julgamentos Médicos, ocorrerão fóruns especiais sobre residência médica em ginecologia e obstetrícia; avaliação do ensino médico no estado de São Paulo; debates sobre honorários médicos em tocoginecologia; palestras sobre a valorização profissional; discussão sobre qualidade de vida dos especialistas; sobre gerenciamento de consultórios e muitos pontos e contrapontos sobre assuntos polêmicos.

“Construímos um congresso que atende às necessidades científicas de nossos pares, mas que não fica apenas nisso. Abriremos espaços privilegiados para tratar de nossa atual realidade profissional: vamos falar de honorários, dos problemas com os planos de saúde e na saúde pública, abrir a possibilidade de aperfeiçoar as rotinas dos consultórios e assim por diante, comenta César Eduardo Fernandes, presidente da SOGESP. “Enfim, teremos um encontro vivo e efervescente com papel transformador de nosso presente e futuro.”

O formato do XV Congresso Paulista é bem dinâmico. Serão 38 conferências, 63 mesas- redondas, 10 cursos intracongresso e mais 10 pré-congresso, além de 40 sessões de café com especialistas e 10 lunch meetings.

Também foram organizadas 11 sessões de ponto e contraponto, 8 debates informais, 20 sessões de “O que há de novo em…”, 6 sessões interativas, 5 períodos de apresentação de trabalhos científicos em forma de pôster, e ainda 30 apresentações orais dos melhores projetos. Como já se sabe que muitas palestras serão extremamente concorridas, a coordenação disponibilizará telões para acompanhamento simultâneo em duas salas extras.

Confira a programação cientítica preliminar no portal www.sogesp.com.br

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Dossiê mostra situação do aborto inseguro no Rio de Janeiro

De 1999 a 2007, mais de 800 mil abortos foram induzidos no Estado do Rio de Janeiro, sendo que 3 em cada 4 deles foram realizados em mulheres de 15 a 29 anos. Em 2008, o estado somou 15.868 internações motivadas por aborto inseguro.

Dados como estes estão no dossiê “A realidade do aborto inseguro: O impacto da ilegalidade do abortamento na saúde das mulheres e nos serviços de saúde do Estado do Rio de Janeiro”, lançado no dia 3 de maio de 2010, em audiência pública na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), por representantes das entidades Ipas Brasil, Grupo Curumim, Articulação de Mulheres Brasileiras e Jornadas pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro.

Alguns destaques do estudo:

– mulheres negras morrem muito mais em conseqüência de abortos inseguros, quando analisada a variável raça/cor;

– a técnica de aspiração manual intra-uterina (AMIU), método indicado pelo Ministério da Saúde para o atendimento humanizado à mulher em situação de abortamento, só foi oferecida para 3,54% das mulheres internadas nos hospitais do SUS no Rio de Janeiro;

– em 2008, segundo as informações do SIH-SUS, a principal causa de internação para as mulheres em idade fértil são as internações obstétricas;

– as principais causas de mortes maternas obstétricas diretas no Brasil são a hipertensão arterial, as hemorragias e o aborto. Todas essas causas são consideradas evitáveis. Segundo o Relatório do Comitê de Mortalidade Materna de 2009, no estado do Rio de Janeiro as principais causas de mortes maternas diretas também são estas;

– mulheres que tiveram complicações por aborto estão entre as pacientes mais negligenciadas quanto aos cuidados de promoção da saúde reprodutiva e não são encaminhadas a serviços e profissionais capacitados;

– o aborto realizado em condições de risco freqüentemente é acompanhado de complicações severas, agravadas pelo desconhecimento desses sinais pela maioria das mulheres e da demora em procurar os serviços de saúde, que, na sua maioria, não está capacitado para esse tipo de atendimento.

A elaboração do dossiê insere-se no trabalho coordenado por Ipas Brasil, em parceria com o Grupo Curumim, em vários estados brasileiros, com o objetivo de gerar debates sobre a realidade do abortamento inseguro e o impacto da ilegalidade na saúde e vida das mulheres e nos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).

Estudo realizado por Ipas Brasil e o Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, com apoio do Ministério da Saúde, mostra que o número de abortos realizados no Brasil passa de 1 milhão por ano. Mais de 220 mil deles têm como conseqüência, entre várias complicações, infecções graves e perfurações no útero.

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Dor pélvica, um problema do universo feminino

A mulher possui uma região no corpo chamada de pelve, localizada logo abaixo do abdome, que é formada por dois ossos do quadril, sacro e cóccix, onde se encontram o útero, os ovários, as tubas uterinas, a bexiga e o reto. E dores nesse espaço do corpo podem surgir de forma aguda, súbita e intensa, ou crônica, quando têm pelo menos alguns meses de duração.

“Essa dor pode ser causada tanto pela contração da musculatura do assoalho pélvico como pela alteração da função intestinal, por problemas de cistos no ovário, miomas, infecções na região da pelve e endometriose”, explica a ginecologista Dra. Rosa Maria Neme (CRM SP-87844), graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, com residência médica e doutorado em Medicina na área de Ginecologia pela Universidade de São Paulo e Diretora do Centro de Endometriose São Paulo, clínica especializada no tratamento da doença.

Como suas causas são variadas, o tratamento será prescrito conforme sua origem. Para entender mais sobre este problema, muito comum no universo feminino, entrevistamos a Dra. Rosa Maria Neme, que relata mais detalhes sobre o assunto. Acompanhe!

1-O que é Dor Pélvica? E quais as suas causas?

A dor pélvica é uma dor no baixo ventre que pode ser sentida na forma de cólica, aperto ou como uma pontada. As causas são diversas e entre elas destaca-se a presença de mioma, alterações vasculares no útero como a presença de varizes pélvicas, cistos de ovário e endometriose que é, atualmente, a principal causa de dor pélvica nas mulheres em idade reprodutiva.

2-Como ela é sentida pela paciente?

É sentida, na grande maioria das vezes, como uma cólica que pode acontecer na menstruação ou fora dela, sensação de peso ou pontada. A dor pélvica está sempre ligada ao sistema reprodutivo e é um sinal de alguma outra doença presente na região, por isso precisa ser investigada.

3-Ela só atinge os órgãos genitais internos?

Em geral, sim. Pode acometer os órgãos externos, mas a manifestação, nesses casos, não é de dor, mas sim de ardor, coceira, entre outros sintomas.

4-Quais as diferenças entre dor pélvica aguda e crônica?

A dor aguda é aquela que acontece de forma inesperada e a crônica é aquela que já está presente há algum tempo, é constante e intermitente.

5-Quais os tratamentos?

O tratamento depende da causa do processo. Se for endometriose, o tratamento é cirurgia para retirada da doença. Se for mioma, indica-se a retirada ou tratamento com medicamentos. Se for varizes pélvicas, o tratamento é feito com medicações analgésicas apenas.

6-Existe alguma estimativa de quantas mulheres sofrem com este problema?

Existem estimativas para outras doenças, mas não sobre a dor pélvica. A endometriose acomete cerca de 15 a 20% das mulheres em idade reprodutiva. Mulheres acima dos 50 anos de idade têm chance de 50% de ter miomas.

7-Se a dor pélvica não for bem tratada, ela pode evoluir para algum outro problema?

Tudo irá depender da causa da dor. No caso da endometriose, a mulher pode ter infertilidade e dor crônica. No caso do mioma, pode ter ciclos menstruais com hemorragia e infertilidade.

8- Ela atinge mulheres em qual faixa de idade?

Pode acometer mulheres em qualquer faixa etária.

Perfil

Dra. Rosa Maria Neme (CRM SP-87844) – A Dra. Rosa Maria Neme é graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (1996) e doutorado em Medicina na área de Ginecologia pela Universidade de São Paulo (2004). Realizou residência-médica também na Universidade de São Paulo (2000). Além de dirigir o Centro de Endometriose São Paulo, ela integra a equipe médica do Hospital Israelita Albert Einstein, Samaritano, São Luiz e Sírio Libanês.

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Sessenta minutos ou mais de atividade física diária é o ideal para controlar o peso das mulheres

Por Ricardo Teixeira*

Uma pesquisa recém-publicada pelo periódico JAMA, Jornal da Associação Americana de Medicina, demonstra que a prática de 60 minutos diários ou mais de atividade física moderada é mais recomendável para evitar sobrepeso e obesidade entre as mulheres do que exercícios em menores quantidades e intensidades.

O estudo acompanhou de forma prospectiva, e por 13 anos, cerca de 40 mil americanas com média de idade de 54 anos e que mantiveram suas dietas habituais. No início do estudo, 50% das mulheres faziam menos de 150 minutos por semana de atividade física moderada, 22% faziam mais de 420 minutos, e o restante tinha um nível de atividade intermediário entre esses dois primeiros grupos. Apenas 13% das mulheres começaram o estudo com peso normal e conseguiram chegar ao final sem sobrepeso ou obesidade. Essas mulheres tiveram uma média de atividade física semanal de 420 minutos, 60 minutos por dia.

Estima-se que 40% dos brasileiros adultos apresentam excesso de peso, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003 conduzida pelo IBGE. Emagrecer já é uma tarefa difícil, e a manutenção do peso após alguns quilos perdidos é mais difícil ainda. O melhor negócio é não deixar o peso se acumular com o passar do tempo, e essa é uma equação teoricamente simples: não podemos ingerir mais calorias do que gastamos. Na prática, é importante que as pessoas tenham em mente o quanto de atividade física é necessária para controlar o peso, mas essa é uma informação que ainda não está tão bem definida pela ciência.

Quando se fala em prevenção de doenças vasculares como o derrame cerebral e infarto do coração, assim como prevenção de doenças crônicas e degenerativas, a recomendação de pelo menos 150 minutos semanais de atividade física moderada é a mais amplamente difundida. É isso que a Associação Americana do Coração e o Colégio Americano de Medicina do Esporte preconizam, mas não definem se essa quantidade de atividade física é suficiente para evitar ganho de peso. Já o Instituto de Medicina dos Estados Unidos recomenda, desde o ano de 2002, a realização de 420 minutos de atividade física moderada por semana para evitar que adultos entrem na faixa de sobrepeso ou obesidade. As evidências científicas que embasam essa recomendação têm sido questionadas, mas o atual estudo reforça com metodologia impecável essas diretrizes do Instituto de Medicina. É importante ressaltar que os resultados da pesquisa ainda revelam que, para as mulheres com sobrepeso ou que estão obesas, os 60 minutos diários de atividade física não são suficientes para alcançar um peso normal. Estas precisam realmente fazer uma dieta de restrição calórica.

* Ricardo Teixeira é doutor em neurologia e pesquisador do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp. Dirige o Instituto do Cérebro de Brasília e é o autor do Blog “ConsCiência no Dia-a-Dia” – www.consciencianodiaadia.com.br

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Endometriose: cólicas menstruais muito intensas e dor durante a relação sexual

O estilo de vida da mulher moderna vem sendo apontado como o grande responsável pelo aumento de casos da endometriose

Ainda não totalmente desvendada pela Medicina, a endometriose se apresenta cada vez com mais freqüência. Sua incidência tem aumentado consideravelmente, porém os especialistas ainda não sabem ao certo a causa do problema. “Com a difusão de mais informações sobre a doença, tanto para os médicos, quanto para a população em geral, os diagnósticos estão sendo feitos com maior precisão e em maior número”, afirma o ginecologista Aléssio Calil Mathias, diretor da Clínica Genesis.

Além da maior facilidade de diagnóstico, que faz com que mais casos sejam identificados, o estilo de vida da mulher moderna vem sendo apontado como o grande responsável pelo aumento de casos da endometriose. “Hoje, a tendência mundial é que a mulher se case e engravide mais tarde e tenha menos filhos. Em conseqüência destes comportamentos, a mulher fica mais exposta aos ciclos menstruais, o que a torna mais suscetível à doença”, explica o ginecologista.

Informações Básicas sobre a doença

Relacionada ao ciclo menstrual e ao sistema imunológico, a endometriose atinge até 10% das mulheres em idade fértil e é encontrada com mais freqüência nas que têm mais de 35 anos. Porém, 20% delas nem sempre sabem que têm a doença porque não apresentam nenhum sintoma. “A paciente que tem algum parente em primeiro grau com endometriose corre mais risco de desenvolver a doença, que se desenvolve na adolescência. Entretanto, o diagnóstico, geralmente, só é feito entre mulheres de 25 a 35 anos”, observa o diretor da Clínica Genesis.

A endometriose é caracterizada pelo implante de células endometriais fora do útero. “O nome da doença vem da palavra endométrio, camada que reveste o interior do útero e que é eliminada durante a menstruação, todos os meses, se a mulher não engravidar. A endometriose ocorre quando, por algum motivo, o endométrio se encontra fora do útero”, explica  o ginecologista.

A razão de parte das células do endométrio sair do útero e se reagrupar em outras regiões como ovários, tubas uterinas, superfície do útero, bexiga, dentre outros órgãos, ainda não foi completamente esclarecida pela ciência. “Porém, com o conhecimento que já adquirimos,  sabemos que os focos de endométrio alojados em outros órgãos continuam estimulados pelos hormônios. E, a cada ciclo menstrual, se comportam como se estivessem dentro do endométrio. Dessa maneira, a cada menstruação, ocorrem sangramentos semelhantes ao fluxo menstrual normal nos focos de endométrio dispersos”, explica Aléssio Calil Mathias.

Além da menstruação, os especialistas acreditam que a doença pode se instalar em algumas mulheres devido a algum distúrbio no sistema imunológico das portadoras de endometriose. Essa é uma das teorias mais modernas que explicam o surgimento da doença: Em geral, quando as células do endométrio se alojam em outras regiões do organismo feminino, o sistema imunológico entra em ação para que seja realizada a limpeza ou a eliminação dos focos de endométrio fora do útero. “Mas, por algum problema no sistema imunológico, esta ‘limpeza do organismo’ não acontece. Daí, as células se implantam nesses locais, sofrem a ação dos hormônios e acabam por desenvolver a endometriose”, explica o médico.

Caracterização do quadro doloroso

Todo este desequilíbrio no organismo e o crescimento do tecido endometrial em lugares incomuns causam sintomas bastante dolorosos. “O primeiro a aparecer, em geral, é a cólica menstrual (dismenorréia). Ela é progressiva. Ou seja, no princípio, a mulher refere-se a ela como leve. Entretanto, com o passar dos anos, a dor vai piorando até ficar muito intensa, o que a impede de fazer suas atividades habituais. Outro sintoma é a dor durante a relação sexual (dispaneuria)”, alerta o ginecologista.

As cólicas menstruais que caracterizam a endometriose não melhoram com medicação, apresentam-se muito severas e requerem repouso. A dor que acontece durante a relação sexual, em geral, aparece quando a penetração é profunda e tende a ser mais intensa no período pré-menstrual.

Como as células  do endométrio podem se alojar em várias regiões do organismo feminino, as teorias mais modernas defendem que a endometriose também não se apresenta como uma só, mas, na verdade, de maneiras distintas. São três as principais formas de endometriose. Uma delas aparece na superfície do peritônio, camada que reveste internamente o abdome. A outra, mais freqüente, é a forma ovariana, na qual os focos do endométrio se apresentam como cistos com conteúdo de cor achocolatada. Por fim, existe a endometriose profunda, quando as células invadem as camadas do intestino e o septo retovaginal. Esta forma, além de dificultar as relações sexuais, ainda pode causar sangramento e obstrução intestinal.

Importância do histórico clínico da paciente

O diagnóstico inicial da endometriose pode ser feito por meio do histórico clínico da paciente e dos sintomas característicos da doença. “Nesses casos, um exame ginecológico também pode ajudar. A avaliação física é igualmente essencial na investigação da doença. O exame do abdome pode revelar ao ginecologista se há aumento abdominal ou dores localizadas. Já o exame do colo do útero pode detectar a doença no colo e/ou na parede vaginal, enquanto o toque ginecológico avalia possíveis aumentos nos ovários, dores atrás do útero e eventuais nódulos dolorosos presentes na endometriose profunda”, detalha o ginecologista e obstetra Aléssio Calil Mathias.

Dentre os exames complementares, que podem auxiliar a compor um diagnóstico preciso, destacam-se o ultra-som transvaginal especializado, que permite ao ginecologista obter imagens do útero, dos ovários e de lesões profundas causadas pela endometriose. A ressonância magnética da pélvis também auxilia no diagnóstico da endometriose profunda. “Contamos também com a videolaparoscopia, considerada por muitos o melhor método para diagnosticar a doença e para iniciar o tratamento, nos casos em que a cirurgia é indicada. Uma das vantagens deste exame é que ele permite ao médico enxergar pequenos focos da doença, nem sempre perceptíveis nos outros exames”, explica o ginecologista.

O tratamento da endometriose pode ser clínico ou cirúrgico, dependendo do tipo, do estágio que a doença atingiu e de quanto tempo está instalada. “A primeira preocupação ao iniciar o tratamento é saber se a mulher quer se livrar da dor ou engravidar. Dependendo da intenção da paciente, é indicado o melhor método terapêutico”, informa Aléssio Calil Mathias.

O uso de medicamentos é realizado nos casos mais brandos da doença, em mulheres que não desejam engravidar. É feito com a indicação do uso de anticoncepcionais orais ou injetáveis. “Outros medicamentos utilizados são os que paralisam as funções dos ovários e, com isso, diminuem a produção do hormônio estrógeno. Assim, quanto menor a concentração desse hormônio, menores os riscos de a doença progredir e menos intensas serão as dores”, explica o médico.

Fonte:

www.clinicagenesis.com.br

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EUA muda diretriz e recomenda mamografia apenas a partir dos 50 anos. Médicos brasileiros discordam

Segundo as novas diretrizes, esta é a nova idade para início dos exames para mulheres que não pertencem aos grupos de risco

As novas orientações mudam também a frequência: dos 50 aos 74 anos, os testes devem ser realizados a cada dois anos, e não anualmente. As novas diretrizes foram elaboradas pelo US Preventive Services Task Force, e também geraram polêmica nos EUA.

A justificativa dos autores para a mudança é para evitar o excesso de exames desnecessários e diminuir o número de resultados falsos positivos. Além disso, dizem eles, as mamografias podem apontar tumores que cresceriam tão devagar que nunca seriam detectados. Nesses casos, a paciente passaria por um tratamento sem necessidade.

Veja a nota oficial da Sociedade Brasileira de Mastologia:

“A Sociedade Brasileira de Mastologia mantém a posição de que a mamografia é necessária a partir dos 40 anos e deve ser feita anualmente. O presidente da SBM, Dr.Ricardo Chagas, afirmou que a entidade não vai mudar de opinião por causa do estudo feito nos Estados Unidos. “Nossa realidade é muito diferente daquela encontrada nos Estados Unidos e na Europa. Nos Estados Unidos há uma cultura antiga de se fazer a mamografia. Os tumores encontrados lá são de estágios iniciais, em média de um centímetro. Diferente dos que encontramos no Brasil, que tem uma alta incidência de tumores em estágio avançado por causa de diagnóstico tardio, explica.

Dr. Ricardo Chagas ressalta que o panorama atual do câncer de mama no Brasil não permite um retrocesso nesse sentido. “Precisamos continuar na defesa da detecção precoce e da mamografia feita a partir dos 40 anos para que em um futuro breve os tumores, assim encontrados, sejam diferentes da realidade atual na qual os tumores são grandes”.

Outro ponto citado no estudo é destacado por Dr Ricardo. É o que chamaram de ‘falso positivo’. “O que eles chamam de falso positivo são lesões muito iniciais, mas que não são falsas; elas existem e isso não significa que o exame esteja errado”. A tendência internacional é de que a nomenclatura dessas lesões iniciais seja mudada.

O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia cita ainda outro aspecto do estudo: a recomendação de se fazer mamografia de dois em dois anos. “Um dos maiores problemas é que existe o ‘câncer de intervalo’, aquele em que se faz mamografia hoje e não acusa nada e antes mesmo de completar um ano, faz-se outra, daí, a própria paciente percebe um tumor palpável. Ou seja, se fazendo mamografia com intervalo de um ano, isso já acontece, imagina deixar para fazer a cada dois anos? Sabemos que alguns tumores crescem rápido, praticamente dobram de tamanho de um ano para o outro. Muita gente interpreta isso como uma falha da mamografia, quando se trata de um câncer de intervalo”, explica Dr.Ricardo.

A Sociedade destaca ainda que este é um estudo isolado e que é preciso ter outras avaliações para não haver precipitação.”

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Gravidez representa proteção adicional contra câncer de mama

Já era conhecido o fator protetor desempenhado pela amamentação. Pesquisa recente sugere também unificação da proteção originária de fatores hormonais

A pesquisa publicada no periódico “Cancer Prevention Research” afirma que hormônios estrogênio, progesterona e a gonadotrofina coriônica humana, produzidos durante a gravidez, induzem a proteína alfa-fetoproteína (AFP), que é um agente conhecido e utilizado para coibir o crescimento dos tumores mamários.

A pesquisa foi conduzida por Herbert Jacobson, que atua como pesquisador no Centro para Doenças Imunológicas e Microbianas no Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Ciências Reprodutivas do Colégio Médico Albany, em Nova York

A AFP é uma proteína produzida normalmente pelo fígado e pela vesícula vitelina que envolve e nutre o feto nas primeiras semanas de sua gestação.

Jacobson e seus colegas procuraram determinar se a administração de hormônios da gravidez a ratas expostas a agentes cancerígenos as levava à produção da AFP, o que, por sua vez, causa o efeito protetor.

Os resultados do estudo mostraram que o tratamento com estrogênio e progesterona, estrogênio sozinho ou gonadotrofina coriônica humana reduz a incidência de câncer de mama nos ratos.

Além disso, os pesquisadores notaram que cada um destes tratamentos elevou o nível de AFP no sangue e inibia diretamente o crescimento das células de câncer de mama em cultivos, o que indica que estes hormônios da gravidez servem para prevenir essa doença.

Powel Brown, editor da publicação da Associação Americana para a Prevenção do Câncer, diz que os pesquisadores não mostraram diretamente a atividade preventiva do câncer da AFP, mas encontraram uma associação destes hormônios na prevenção dos tumores de mama.

Fonte: A Proposed Unified Mechanism for the Reduction of Human Breast Cancer Risk by the Hormones of Pregnancy

Published Online First on November 24, 2009

[Cancer Prevention Research, 10.1158/1940-6207.CAPR-09-0050]

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FAQ sobre climatério e Menopausa

No dia 18/10 comemora-se o Dia Mundial da Menopausa. Por conta disso selecionamos este compendio, com informações para suas pacientes.

Mulheres que fazem acompanhamento médico podem amenizar sintomas comuns do climatério como fogachos (ondas de calor), irritabilidade e alterações menstruais

A menopausa marca o final do período reprodutivo feminino e tem início após a ocorrência do último ciclo menstrual na mulher, gerada pela redução na produção dos hormônios estrógeno e progesterona. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2030, mais de 1 bilhão de mulheres estarão na menopausa. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que mais de 13,5 milhões passam pelo climatério. Neste período, são comuns as dúvidas femininas sobre temas como sexualidade, qualidade de vida, sintomas gerais e reposição hormonal. A seguir, o ginecologista César Eduardo Fernandes, professor da Faculdade de Medicina do ABC e presidente do conselho científico da Associação Brasileira do Climatério (SOBRAC), comenta algumas questões que envolvem esta fase da vida da mulher.

1. Quais são as fases que caracterizam o climatério e os principais sintomas de cada etapa?

Dr. César Eduardo Fernandes – O climatério pode ser dividido em três etapas que se diferenciam por suas particularidades: perimenopausa, menopausa e pós-menopausa. Durante a perimenopausa, a menstruação se torna irregular, sendo que esta fase se caracteriza pela presença progressiva de sintomas como fogachos (ondas de calor), transpiração excessiva, irritabilidade, insônia, alterações de humor e alterações menstruais. Já a menopausa, se caracteriza pela ausência de menstruação por um período de 12 meses consecutivos. A pós-menopausa surge quando a parada menstrual seguirá definitivamente por toda a vida da mulher. Entre as principais manifestações desta etapa encontram-se a redução da secreção vaginal, que pode provoca dor na relação sexual e falta de libido. Também, em decorrência da deficiência hormonal deste período e da atrofia urogenital subjacentes, não são incomuns o aumento da frequência das micções, a incontinência urinária e manifestações de secura e ardor vaginal. A mulher pode apresentar ainda insônia, depressão, tontura e cansaço, entre outros sintomas.

2. Como estes sintomas podem ser amenizados?

Dr. Fernandes – No dia a dia, a mulher pode se preparar para enfrentar os fogachos, que ocorrem em função das alterações dos níveis de hormônios, com hábitos de vida saudáveis que incluem, entre outros, a prática regular de exercícios físicos, uma dieta balanceada para evitar o ganho de peso e o aumento do risco cardiovascular. Também é recomendável a prática de alguma atividade para interagir com outras pessoas, por proporcionar ganhos emocionais que podem minimizar o risco de eventuais transtornos do humor, a exemplo dos quadros depressivos. Claro que um acompanhamento médico regular pode oferecer o suporte necessário para se contrapor aos incômodos próprios desta etapa da vida, bem como para que se adotem medidas preventivas contra eventuais doenças que possam surgir nesta fase.

3. A menopausa diminui a libido feminina?

Dr. Fernandes – A menopausa diminui a elasticidade e a lubrificação da vagina, o que pode prejudicar o relacionamento sexual, principalmente por se tornar dolorido. Por este motivo, algumas mulheres passam a evitar o contato íntimo com seus parceiros. Os níveis hormonais têm influência direta sobre este contexto adverso da sexualidade que algumas mulheres apresentam neste momento de suas vidas. Mais uma vez, uma conversa franca com o seu médico de confiança pode ajudar a compreender o que está acontecendo e subsidiar medidas terapêuticas que ajudam a atenuar estas manifestações. Nunca é demais enfatizar que manter uma vida sexual ativa e prazerosa contribui para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

4. As mulheres que estão neste período têm uma maior predisposição para doenças cardiovasculares?

Dr. Fernandes – A redução hormonal, principal característica da menopausa, faz com que a mulher perca a proteção estrogênica (hormônio feminino que auxilia na proteção das artérias). Neste período, é muito importante que a mulher se previna contra os fatores que trazem um maior risco cardiovascular, como: controlar a hipertensão arterial, o diabetes mellitus e o colesterol elevado, abandonar o cigarro, praticar atividade física (pelo menos 30 minutos de 3 a 6 dias por semana) e buscar uma dieta equilibrada e rica em frutas, verduras e vegetais.

5. Todas as mulheres precisam realizar a terapia hormonal?

Dr. Fernandes – A decisão clínica de iniciar ou de dar continuidade à terapia hormonal (TH) deve levar sempre em consideração a peculiaridade de cada caso, em particular procurando-se individualizar o regime terapêutico a ser adotado, as doses e vias a serem empregadas e o tempo de utilização dos hormônios. A terapia hormonal tem indicações bastante definidas e aceitas consensualmente na literatura médica como alternativa para o alívio dos sintomas do climatério. Um ponto relevante a se considerar TH é a sua composição. Neste particular, as substâncias que atuam à semelhança da progesterona, denominadas genericamente de progestagênios, podem fazer grande diferença. Por atuarem globalmente sobre o organismo feminino, os progestagênios promovem ações sobre a saúde da usuária, particularmente sobe o processo aterogênico e risco cardiovascular que, naturalmente, vão além do seu propósito inicialmente considerado que era o de proteger o endométrio do risco de câncer. Alguns progestagênios ganharam a simpatia dos médicos por serem mais seguros em relação ao risco cardiovascular. Entre estes, merece citação a drospirenona que, associada ao estradiol, tem mostrado em vários estudos bem conduzidos, contribuir para a redução nos níveis pressóricos em pacientes hipertensas, além de propiciar alívio dos sintomas menopáusicos e não influenciar no ganho de peso.

6. Existem contraindicações para a reposição hormonal?

Dr. Fernandes – O médico deve verificar se a paciente possui antecedentes ou riscos elevados de algumas doenças como manifestações anteriores de trombose ou tromboembolismo, câncer de mama, câncer de endométrio e doença hepática. Também deve estar atento à eventuais casos de sangramento vaginal não diagnosticado, que deverá ser esclarecido quanto à sua causa antes do início da terapia de reposição hormonal.

7. A terapia hormonal traz benefícios para as mulheres?

Dr. Fernandes – Dos vários tratamentos disponíveis para os sintomas da menopausa, a terapêutica hormonal é a mais indicada, pois demonstra eficácia no alívio dos sintomas que supera qualquer alternativa não hormonal em estudos que comparem as suas eficácias relativas. Além disso, oferece benefícios que extrapolam aos do próprio alívio dos sintomas e melhora da qualidade de vida; proporciona proteção contra a perda de colágeno e atrofia da pele, e ainda conserva a massa óssea com consequente redução no risco de fraturas por osteoporose, que são comuns nesta etapa da vida da mulher.

Fonte: Assessoria de Imprensa

BURSON-MARSTELLER

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