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Conselhos de Medicina intensificarão fiscalizações
O 3º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Emmanuel Fortes Cavalcanti, falou sobre o assunto durante o Fórum dos Departamentos de Fiscalização dos Conselhos de Medicina.
– “Somos nós [Conselhos], e não a Vigilância Sanitária, quem vai dizer o que é seguro e estabelecer as regras de controle da medicina.”
Os Conselhos de Medicina irão intensificar as vistorias da prática médica em hospitais, clínicas e postos de saúde. Serão observados equipamentos e estruturas na garantia de segurança do ato médico. Para isso, o CFM estuda investir em uma melhor estrutura operacional. O Departamento de Informática e Tecnologia do CFM apresentou um conjunto de ferramentas oferecidas à equipe para dinamizar as fiscalizações.
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Fonte:AMB
Mais de 68 mil médicos ainda não atualizaram os dados do Recadastramento Nacional de Médicos
Aproximadamente 78% dos médicos da meta já preencheram o formulário online do processo nacional de recadastramento, mas pouco mais de 68 mil ainda são aguardados.
Para aqueles que ainda não fizeram o recadastramento acesse o site e preencha a aplicação clicando aqui.
Após concluir o recadastramento on-line, o médico deverá dirigir-se ao conselho regional de seu estado, levando, além de fotografia colorida 3×4, originais e cópias da carteira de identidade, título de eleitor, CPF, comprovante recente de residência, diploma, títulos de especialista, carteira profissional e comprovante de sociedade em empresa de serviços médicos, se for o caso.
Fonte:AMB
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CFM divulga dados sobre a concentração de médicos no Brasil
- Levantamento revela que a média nacional é de um médico para 578 habitantes.
- A concentração em determinadas regiões desenvolvidas, no litoral e nas capitais é alta, em detrimento de vazios assistenciais nos municípios mais distantes e pobres.
- O total de médicos cresce mais que o tamanho da população, em termos percentuais.
- Na cidade de São Paulo, há um profissional para 239 habitantes (média superior à de países europeus).
- No interior de Roraima, há um para 10.306 habitantes (média inferior à de nações africanas)
- No período avaliado, se confirma a tendência de feminilização da Medicina, ou seja, o número total de mulheres que se gradua em Medicina já supera o de homens.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou dados sobre a concentração de médicos no território nacional. O levantamento mostra que o número de profissionais aptos a atuar cresce em ritmo mais acelerado do que o da população – mas a distribuição está longe de ser uniforme. O anúncio marcou a comemoração do Dia Mundial da Saúde.
O levantamento, inédito, aponta que o déficit de médicos no interior não significa a falta de profissionais no país. Dados coletados entre 2000 e 2009 apontam uma média nacional de um médico para grupo de 578 habitantes, índice próximo a países como dos Estados Unidos, que é de um para 411 pessoas.
O 1º secretário do CFM e responsável pela coleta das informações, Desiré Carlos Callegari, defende melhores políticas públicas para a interiorização do profissional. “Não adianta utilizar o mecanismo de revalidação automática do diploma para interiorizar o médico. Nada garante que este profissional não irá recorrer às capitais para se especializar”, aponta Desiré. O diretor também avalia como desnecessária a abertura indiscriminada das escolas médicas. O Brasil possui hoje 181 escolas médicas, sendo que, dessas, 100 foram instaladas na última década. “Observamos que a qualidade do ensino tem caído neste período”.
Aumento de profissionais
Entre 2000 e 2009, a quantidade de médicos aumentou 27% – de 260.216 para 330.825 (evolução histórica na Tabela 6). No mesmo intervalo de tempo, a população brasileira cresceu aproximadamente 12% – de 171.279.882 para 191.480.630, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2000, havia no país um médico para cada grupo de 658 habitantes; em 2009, a situação passou a ser de um médico para 578 habitantes.
O número de médicos não é o único indicador da adequação da oferta desses profissionais – para se fazer esse tipo de avaliação é preciso que se considerem variações regionais, sociais e econômicas. Mas o número é um indicador importante. Entre os países que possuem elevados índices de desenvolvimento humano (IDH), há menos habitantes por médico. A tendência é de que o IDH seja mais baixo nos países onde há mais habitantes por médico.
O levantamento do Conselho Federal de Medicina foi feito com base no endereço de correspondência informado pelos profissionais nos Conselhos Regionais de Medicina do país.
Entre as regiões, Norte e Nordeste têm menor concentração de médicos
A distribuição de médicos por habitantes é heterogênea no território nacional. Na região Norte, há um médico para cada grupo de 1.130 habitantes (Tabela 1). São 13.582 profissionais aptos a atuar, registrados primariamente em conselhos de medicina da região. Já na região Sul, são 509 habitantes por médico.
A região Sudeste concentra 42% da população do país e 55% dos médicos. São 439 habitantes por profissional. No Centro-Oeste, há um médico para cada grupo de 590 habitantes. No Nordeste, um para cada grupo de 894. Em São Paulo estão concentrados 30% dos médicos; o estado abriga 21% da população brasileira.
Se consideradas as inscrições primárias e secundárias efetuadas em conselhos de medicina da região Norte, por exemplo, o número de habitantes por médico passa a ser de 1.000; na região Sul, também consideradas ambos os grupos de inscrição, são 476 habitantes por médico. A inscrição primária é o primeiro registro feito pelo médico em um conselho regional, a secundária é o registro que o médico faz em outros conselhos (diferentes que o daquele de origem) permitindo sua atuação profissional naquela unidade da federação.
Para Desiré Callegari, o médico não precisa “ganhar muito, precisa ser valorizado e ter condições de trabalho”. Para isso, defende como política de interiorização eficaz a criação de uma carreira de Estado para os profissionais e a implantação de planos de cargos, carreiras e vencimentos.
O CFM também considera fundamental que a estrutura e os recursos tecnológicos da saúde sejam aperfeiçoados, principalmente no interior dos estados. “Não dá para fazer medicina sem investimento. O médico precisa ao menos de uma estrutura básica para atender adequadamente a população”, ressaltou Desiré.
Em algumas localidades, índices são europeus
A capital do estado de São Paulo possui um médico para cada grupo de 239 habitantes, média superior à de países que possuem altos índices de desenvolvido humano (Tabela 1). Alemanha, Bélgica e Suíça, por exemplo, possuem um médico em atividade para cada grupo de 285, 248 e 259 habitantes, respectivamente (Tabela 2).
Se considerada a densidade de médicos em todo o estado de São Paulo, a média é próxima da dos Estados Unidos: 413 habitantes por profissional em São Paulo; 411 por um nos Estados Unidos. No Distrito Federal, há um médico para 297 habitantes, melhor média entre as unidades da federação.
Em outras localidades, índices são africanos: no interior do Amazonas há um médico para cada grupo de 8.944 habitantes; em Roraima, um para 10.306
O acesso a profissionais da medicina é ainda mais desigual quando comparados os números de capitais e regiões do interior (Tabela 3). De acordo com dados extraídos do Sistema Integrado de Entidades Médicas em março de 2010, há no estado do Acre 575 médicos aptos a atuar – 74% (427) deles residem na capital, Rio Branco, cidade que conta com um médico para cada grupo de 716 habitantes; os outros 21 municípios do estado dividem entre si 119 médicos, o que resulta na média de um médico para 3.236 habitantes (Tabela 4).
Há casos de desigualdade ainda mais acentuada. No Amazonas, 88% (3.024) dos profissionais estão em Manaus, cidade que tem um médico para 574 habitantes. Os municípios do interior ficam com um médico para cada grupo de 8.944 habitantes. Em Roraima, são 10.306 habitantes por médico em cidades do interior. Há apenas 15 profissionais domiciliados fora da capital.
Na região Sudeste, a mais desenvolvida do país, a distribuição de médicos entre capitais e interiores é menos aguda. Em Minas Gerais, por exemplo, a média é de um médico para 587 habitantes; em Belo Horizonte, são 172 habitantes por médico; no interior, um para 926.
O estado de São Paulo registra um médico para 413 habitantes; a capital, um profissional para 239 pessoas; os municípios do interior do estado contam com um médico para cada grupo de 640 habitantes.
Número de mulheres é maior entre os novos profissionais
De 2000 a 2009, a proporção de profissionais do sexo feminino no universo de médicos registrados no Brasil subiu 4 pontos percentuais – de 35,5% para 39%, o que indica uma tendência de feminilização da profissão. Essa tendência fica mais evidente quando se comparam os ritmos de crescimento no universo de cada gênero: o número de médicas aumentou 39,8% no período; o de médicos, 20,1% (Tabelas 5 e 7).
CFM avalia que não faltam médicos no Brasil
A posição do Conselho Federal de Medicina diante das informações reveladas pelo levantamento é de que não há escassez de médicos no país. O que há, sim, é uma má distribuição dos profissionais pelo território nacional.
Para contornar essa situação, o CFM defende a adoção de eficazes políticas de interiorização do trabalho médico. A criação de uma carreira de Estado para os profissionais e a implantação de planos de cargos, carreiras e vencimentos são medidas defendidas pelo Conselho.
Além disso, o CFM considera fundamental que os sistemas de assistência à saúde sejam aperfeiçoados, principalmente no interior dos estados.
Tabela 1 – número de habitantes por médico, por unidades da federação e regiões, 2009
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Unidade da federação / região
|
População¹ | Nº. de médicos (inscrição primária) | Nº. de médicos
(inscrição secundária) |
Nº. de habitantes por médico (apenas inscrições primárias) |
Nº. de habitantes por médico (inscrições primárias e secundárias)
|
DF | 2.606.885 | 8.762 | 1.135 | 297 | 263 |
GO | 5.926.300 | 8.085 | 1.645 | 732 | 609 |
MS | 2.360.498 | 3.458 | 380 | 682 | 615 |
MT | 3.001.692 | 3.223 | 496 | 931 | 807 |
CENTRO-OESTE | 13.895.375 | 23.528 | 3.656 | 590 | 511 |
SP | 41.384.039 | 100.612 | 3.809 | 411 | 396 |
RJ | 16.010.429 | 42.547 | 794 | 376 | 369 |
MG | 20.033.665 | 34.324 | 2.570 | 583 | 543 |
ES | 3.487.199 | 6.487 | 580 | 537 | 493 |
SUDESTE | 80.915.332 | 183.970 | 7.753 | 439 | 422 |
SC | 6.118.743 | 9.981 | 1.570 | 613 | 529 |
RS | 10.914.128 | 24.601 | 625 | 443 | 432 |
PR | 10.686.247 | 19.848 | 1.538 | 538 | 499 |
SUL | 27.719.118 | 54.430 | 3.733 | 509 | 476 |
PE | 8.810.256 | 11.678 | 786 | 754 | 706 |
RN | 3.137.541 | 3.670 | 461 | 854 | 759 |
PB | 3.769.977 | 4.255 | 516 | 886 | 790 |
CE | 8.547.809 | 8.598 | 408 | 994 | 949 |
PI | 3.145.325 | 2.710 | 188 | 1.160 | 1.085 |
SE | 2.019.679 | 2.532 | 213 | 797 | 735 |
AL | 3.156.108 | 3.525 | 212 | 895 | 844 |
BA | 14.637.364 | 15.052 | 1.005 | 972 | 911 |
MA | 6.367.138 | 3.295 | 798 | 1.932 | 1.555 |
NORDESTE | 53.591.197 | 55.315 | 4.987 | 968 | 888 |
AM | 3.393.369 | 3.571 | 244 | 950 | 889 |
RR | 421.499 | 526 | 84 | 801 | 690 |
TO | 1.292.051 | 1.301 | 448 | 933 | 738 |
AP | 626.609 | 456 | 166 | 1.374 | 1.007 |
RO | 1.503.928 | 1.427 | 241 | 1.053 | 901 |
AC | 691.132 | 618 | 92 | 1.118 | 973 |
PA | 7.431.020 | 5.683 | 489 | 1.307 | 1.203 |
NORTE | 15.359.608 | 13.582 | 1.764 | 1.130 | 1.000 |
¹ Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, referentes a 2009. ² Dados do Conselho Federal de Medicina, referentes a 2009.
² Consideradas as inscrições primárias.
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Tabela 2 – número de habitantes por médico, em países selecionados
|
||
Países |
Número de habitantes por médico² |
Desenvolvimento humano² |
Alemanha¹ | 285 | Muito elevado ou
elevado |
Suíça¹ | 259 | |
Bélgica¹ | 248 | |
Estados Unidos¹ | 411 | |
França¹ | 296 | |
México¹ | 510 | |
Dinamarca² | 341 | |
Chile² | 917 | |
Singapura² | 714 | |
Israel² | 261 | |
Cuba² | 169 | |
Suécia² | 304 | |
Uruguai² | 273 | |
Índia² | 1.666 | Médio |
África do Sul² | 1.298 | |
Colômbia² | 740 | |
Bolívia² | 819 | |
Nigéria² | 3.571 | Baixo |
Guiné-Bissau² | 8.333 | |
Angola² | 12.600 | |
Senegal² | 16.666 | |
¹ Dados da Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD), referentes a 2007. A OECD indica a situação de 30 países. ² Dados do Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), referente a ano do período 2000-2004. O relatório indica a situação de 177 países. |
Tabela 3 – distribuição de médicos entre capital e interior, 2010¹
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Unidade da Federação
|
Nº. de médicos (inscrição primária), 2010 | Capital
Quantitativo (%) |
Interior Quantitativo (%) |
||
DF | 8.643 | 4.824 | 55 | 3.142 | 36 |
GO | 7.869 | 5.326 | 67 | 2.275 | 28 |
MS | 3.387 | 2.097 | 61 | 1.201 | 35 |
MT | 3.146 | 1.597 | 50 | 1.404 | 44 |
SP | 99.209 | 46.112 | 46 | 47.390 | 47 |
RJ | 54.068 | 35.791 | 66 | 16.406 | 30 |
MG | 34.087 | 14.195 | 41 | 18.982 | 55 |
ES | 6.393 | 3.098 | 48 | 3.181 | 49 |
SC | 9.767 | 2.733 | 27 | 6.586 | 67 |
RS | 23.868 | 11.378 | 47 | 11.598 | 48 |
PR | 16.894 | 8.147 | 48 | 7.927 | 46 |
PE | 11.633 | 8.038 | 69 | 2.504 | 21 |
RN | 3.573 | 2.706 | 75 | 716 | 20 |
PB | 4.147 | 2.592 | 62 | 1.440 | 34 |
CE | 8.319 | 4.824 | 55 | 3.142 | 36 |
PI | 2.629 | 2.025 | 77 | 539 | 20 |
SE | 2.465 | 2.292 | 92 | 139 | 5 |
AL | 3.505 | 3.012 | 85 | 403 | 11 |
BA² | 14.960 | — | — | — | — |
MA | 3.319 | 2.250 | 67 | 834 | 25 |
AM | 3.431 | 2.250 | 67 | 834 | 25 |
RR | 479 | 430 | 89 | 15 | 3 |
TO | 1.222 | 408 | 33 | 660 | 54 |
AP | 457 | 409 | 89 | 28 | 6 |
RO | 1.265 | 634 | 50 | 583 | 46 |
AC | 575 | 427 | 74 | 119 | 20 |
PA | 5.544 | 4.181 | 75 | 1.167 | 21 |
¹ A soma de profissionais ativos na capital e no interior de determinado estado não alcança 100% das inscrições primárias. O número residual corresponde a profissionais com endereços desatualizados e residentes em outros estados. ² Na Bahia, os endereços dos profissionais registrados estão em fase de atualização cadastral. |
Tabela 4 – proporção de médicos por habitantes por estado, 2010¹
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Interior de estados brasileiros |
Número de habitantes por médico |
Roraima | 10.306 |
Acre | 3.236 |
Amazonas | 8.944 |
Amapá | 9.290 |
Maranhão | 6.437 |
Piauí | 4.363 |
¹ População dos municípios de interior dividida por médicos residentes em municípios do interior. |
Tabela 5 – distribuição de médicos, por gênero¹ |
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2000
|
2009 |
||
Homens | Mulheres | Homens | Mulheres |
168.019 (64,5%) |
92.197 (35,5%) |
201.905 (61%) |
128.920 (39%) |
260.216 |
330.825 |
||
¹ O número de mulheres aumentou 39,8%, enquanto o de homens cresceu 20,1%, entre 2000 e 2009. |
Fonte: CFM