Artigos
Governo discute uso de antirretroviral para prevenir contágio pelo HIV
Comitê de especialistas vai avaliar em junho a proposta de antecipar o início da terapia de soropositivos para reduzir o risco de transmissão por via sexual a parceiros sem o vírus. Outra medida analisada é a indicação do coquetel logo após uma pessoa ter se submetido a uma situação de risco de contágio, como relação sexual desprotegida – uma espécie de “pílula do dia seguinte” para a aids.
O consenso de 2006 já previa o uso de antirretrovirais para evitar a doença após a exposição ao vírus. A estratégia era recomendada, por exemplo, para vítimas de estupro e profissionais de saúde que, por acidente, tivessem tido contato com sangue de soropositivos. Nesses casos, depois da situação de risco, aqueles que procuram atendimento recebem tratamento com antirretrovirais por um período de 28 dias.
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Droga feita de vírus pode ajudar no tratamento de câncer, diz estudo
Um vírus inofensivo encontrado nos sistemas respiratório e gástrico pode ser uma nova arma para auxiliar os tratamentos por radioterapia mesmo em cânceres em estágio avançado, é o que indica um estudo de pesquisadores britânicos.
Segundo a pesquisa, publicada na última edição da revista especializada “Clinical Cancer Research”, os tumores tratados com o reovírus em conjunção com radioterapia pararam de crescer ou diminuíram de tamanho em todos os casos analisados.
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Obesidade estaria vinculada a menor volume do cérebro
A obesidade está vinculada a um volume menor do cérebro, segundo estudo publicado nesta quinta-feira. Ele também indica um aumento do risco de demência numa fase mais adiantada da vida em pessoas de idade média com boa saúde, mas que tenham excesso de gordura abdominal.
“Nossos resultados confirmam a relação entre o aumento do IMC e a redução do volume do cérebro nas pessoas mais idosas e de idade média, observadas previamente em um grupo de menos de 300 pessoas”, explicou Sudha Seshadri, da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston, uma das principais autoras do estudo, divulgado no site “Annals of Neurology”.
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Hospital Samaritano tem a gestão de TI como grande estratégia
Projeto previsto para este ano gira em média de R$ 3 milhões. Plano é implementar funcionalidades consideradas necessárias
Uma área bastante estratégica dentro da organização. É assim que o Hospital Samaritano, de São Paulo, enxerga a gestão de TI, hoje subordinada à superintendência geral e subdividida em uma gerência de infraestrutura e uma coordenação de projetos de sistemas e negócios. É com foco em proporcionar um ganho na segurança do paciente através de um sistema que dê dados confiáveis a respeito dos cuidados necessários e proporcione ao mesmo tempo uma eficiência na operação, como redução de custos e avanço dos negócios, além de prover informação gerencial de qualidade através do uso de sistemas informatizados. De acordo com Simão, desde o início da informatização o Samaritano teve esse foco, sendo que a partir do primeiro semestre de 2009, com a implantação de uma nova ferramenta de gestão assistencial, o hospital deu um salto qualitativo considerado muito forte pela sua direção. Para 2010, a meta é concluir os trabalhos de montagem de infraestrutura para o novo complexo hospitalar que está sendo construído e atuar na melhoria das funcionalidades dos sistemas já implantados. “Estamos entrando numa fase de implementar aquelas funcionalidades que a gente considera necessárias para prover esse incremento na eficiência dessa própria ferramenta de gestão”, diz. O projeto previsto para este ano gira em média de R$ 3 milhões – mais ou menos o custo do projeto de implantação da ferramenta adquirida em 2009. O valor inclui mão de obra de consultoria, infraestrutura, instalação e tempo de treinamento da equipe interna e dos colaboradores de outras áreas. |
Referência: THAIA DUÓ |
Aprovado primeiro medicamento no Brasil para tratamento das crises de angioedema hereditário (AEH)
O medicamento aprovado pela Anvisa é o único tratamento específico para as crises de angioedema hereditário disponível no Brasil.
Dados de Segurança
Em estudos clínicos, mais de 700 crises de AEH foram tratadas subcutaneamente com
icatibanto, sem um único caso de reação adversa séria relacionada à droga. FIRAZYRT
(icatibanto) foi, de forma geral, bem tolerado. As reações no local da injeção, como
eritema (manchas avermelhadas da pele) e inchaço, foram relatados em quase todos os pacientes tratados com icatibanto, com intensidade leve à moderada, de curta duração e resolução espontânea, sem necessidade de intervenção médica. Nenhum evento adverso sério foi relatado para o icatibanto.
Sobre FIRAZYRT
FIRAZYRT (icatibanto) é o primeiro e único medicamento subcutâneo aprovado no
Brasil para o tratamento sintomático de crises agudas de angioedema hereditário (AEH) em adultos com defi ciência do inibidor de C1-esterase. O icatibanto é um antagonista específico dos receptores B2 da bradicinina. Representa uma abordagem original e objetiva para o tratamento das crises agudas de AEH através do bloqueio dos efeitos da bradicinina, o mediador chave na formação do inchaço nessa doença. O icatibanto proporciona melhora rápida nos sintomas e encurta a duração da crise.
Trata-se de um decapeptídeo sintético (um peptídeo que contém 10 aminoácidos). O medicamento é fornecido em seringas preenchidas de 3 ml e deve ser administrado subcutaneamente por um profissional da saúde. No Brasil, o medicamento deve ser mantido em refrigeração entre 2 e 8 °C.
Para mais informações, por favor acesse o site www.shire.com.br
Shire é a companhia biofarmacêutica responsável pelo medicamento.
Comercialização mundial de genéricos está sob risco, alerta Brasil
O Brasil lançou um alerta na Assembléia Mundial de Saúde para que a discussão sobre medicamentos falsos não inviabilize o trânsito de medicamentos genéricos no mundo. Com apoio dos países da América do Sul, da África e do sudeste asiático.
No encontro, organizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil e o conjunto com os países da UNASUL (União das Nações Sul-Americanas) apresentaram uma resolução que coloca a entidade internacional à frente da discussão da falsificação de medicamentos com a preocupação de proteção à saúde pública acima de qualquer o outro interesse. O tema, portanto, não deve envolver questões comerciais e da discussão sobre violação de direito de patentes.
“O combate à falsificação de medicamentos, nossa responsabilidade comum, não pode servir de pretexto para que a dimensão comercial sobreponha-se à saúde pública. Propriedade intelectual não se confunde com medicamentos falsificados. Vítimas de violações aos direitos de propriedade intelectual são empresas; vítimas de medicamentos falsificados são pacientes – e são estes que requerem a proteção da OMS”, disse o ministro da Saúde brasileiro, José Gomes Temporão, em seu discurso.
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Médico plantonista e hospitais beneficentes
Por Marcos Biasioli (*)
Muito se discute sobre a relação existente entre os médicos plantonistas e hospitais beneficentes, no sentido de ratificá-la como de trabalho ou de emprego. Contudo, antes de tecer opiniões a respeito, é imprescindível avaliar todas as nuances que envolvem esta relação.
De acordo com o artigo 3º da CLT, “considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”.
Portanto, são quatro os requisitos essenciais para a caracterização do vínculo empregatício: a onerosidade, a pessoalidade, a habitualidade e, principalmente, a subordinação jurídica, assim considerada a possibilidade do hospital dirigir de modo direto e permanente a energia pessoal do médico, no sentido de realizar seus objetivos.
Processualmente, tais requisitos classificam-se como constitutivos do direito do médico, devendo ser, por conseguinte, comprovados por aquele que pretende ver seu vínculo empregatício constituído, em atenção ao disposto no artigo 818 da CLT e inciso I do artigo 333, do Código de Processo Civil.
O primeiro ponto a apreciar, neste diapasão, é a comprovação da existência de “pessoalidade”, a qual apenas será reconhecida se a “obrigação” não for algo fungível, que possa ser satisfeita por outrem, mas tão somente com quem a contraiu.
Em outras palavras, havendo prova de que o médico poderia ser substituído por outra pessoa, fica de difícil caracterização o vínculo de emprego, pela ausência deste requisito, a pessoalidade.
Cabe ainda ressaltar que, para a caracterização da relação de emprego, é de extrema importância demonstrar a subordinação, a qual consiste na situação jurídica derivada pela qual o médico deve acolher o poder de direção do hospital no modo de realização de sua obrigação de fazer.
O médico autônomo, diferentemente do médico empregado, não está sujeito ao poder de direção do hospital, podendo exercer livremente sua atividade no momento que o desejar, de acordo com sua conveniência. Por esta razão, se o médico tinha autonomia, por exemplo, para remanejar sua escala horária, está evidenciado um dos aspectos da ausência de subordinação.
Além disso, avalia-se também a questão da onerosidade que, embora havida no período de prestação de serviço, não pode se configurar como salário. Se a remuneração refere-se tão somente ao pagamento pelos plantões efetivamente prestados, fato constatado pela variação dos pagamentos em decorrência de plantões realizados, vê-se que inexiste fixação de salário, o que, por consequência, descarta o animus contrahendi.
Por último, e não menos importante, vem a questão da não eventualidade. Para sua caracterização, os serviços prestados deveriam ser permanentes, não se qualificando como trabalho esporádico, no qual há liberalidade com relação à determinação do dia mais conveniente para prestá-lo.
Como conclusão, denota-se que se os médicos se valem das trocas e substituições nos plantões, associado ao fato de perceberem apenas pelos plantões cumpridos, bem como por não haver punição no caso de falta aos plantões, não havendo qualquer ingerência do hospital neste sentido, subsistirá convencimento de que o que se estabeleceu é sim uma típica relação de trabalho com o médico, mas jamais de emprego.
(*) Dr. Marcos Biasioli é graduado em Direito e Administração de Empresas, pós-graduado em Direito Empresarial pela The European University e mestre em Direito Empresarial pela PUC/SP. Foi docente na cadeira de legislação social da PUC/SP, UniFMU/SP, UniRadial/SP, Universidade Federal do Espírito Santo e Faculdade Una/MG. É ainda sócio da M.Biasioli Advogados, consultor jurídico do Terceiro Setor e da Comissão de Direito do Terceiro Setor da OAB/SP, e idealizador e editor da Revista Filantropia.
Tabagismo causa 95% dos tumores de boca
Pesquisa realizada pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) aponta que 95% das pessoas que desenvolvem câncer de cabeça e pescoço são fumantes ou têm histórico de tabagismo e que os homens representam 90% dos afetados.
O levantamento foi feito com 327 pacientes em tratamento no instituto. Os dados se referem a tumores que atingem boca, faringe, laringe e traqueia e segundo o oncologista do Icesp Gilberto Castro, mais de 65% dos casos correspondem a tumores na cavidade bucal e na faringe.
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Vacina que combate câncer é aprovada nos EUA
A Food and Drug Administration (FDA), órgão americano que regula a qualidade de medicamentos e alimentos, aprovou a fabricação de uma nova vacina que promete combater o câncer de próstata e é formada pelas próprias células do paciente, como informa o site britânico New Scientist.
Embora modesto, o último resultado mostra que a utilização do sistema imunológico é um caminho viável para combater o câncer. O oncologista Philip Kantoff , do Instituto do Câncer de Boston, EUA, que pesquisa o medicamento, espera que abordagens semelhantes no tratamento de outros cânceres – como melanoma, câncer de rim e o linfoma – sejam também testadas e aprovadas dentro de cinco a 10 anos.
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Dieta não funciona bem porque organismo adota mecanismo compensatório
Mecanismo compensatório
A simples redução na ingestão de calorias, feita por meio de dietas, não é suficiente para garantir uma perda de peso significativa.
Isto se deve a um mecanismo compensatório natural por meio do qual a pessoa reduz inconscientemente a atividade física em resposta à redução das calorias disponíveis.
Esta conclusão está em um estudo publicado no exemplar de Abril do American Journal of Physiology, feito por cientistas da Universidade do Estado do Oregon, nos Estados Unidos.
Combinação de dieta e exercícios
“Em plena epidemia de obesidade, os médicos frequentemente aconselham seus pacientes a reduzirem a quantidade de calorias que eles estão consumindo, em bases diárias. Esta pesquisa mostra que simplesmente fazer dieta provavelmente não levará a uma perda substancial de peso,” diz a Dra Judy Cameron, coordenadora da pesquisa.
“Em vez disso, para se atingir o objetivo da perda sustentável de peso deve-se combinar dieta e exercícios,” diz ela.
Adaptação à dieta
A pesquisa foi feita em modelos animais, utilizando 18 fêmeas de macacos rhesus. Os animais foram colocados em uma dieta rica em gordura por vários anos.
Eles então foram submetidos a uma dieta com baixo nível de gorduras, consistindo basicamente na alimentação natural desses macacos, o que representou uma redução de 30% na ingestão de calorias em relação à dieta anormal anterior.
Durante o mês, o peso e os níveis de atividades físicas dos animais foram monitorados criteriosamente, por meio de um colar em seus pescoços.
“Surpreendentemente, não houve perda de peso significativa ao final do mês,” explica Sullivan.
Mas os aparelhos registraram uma alteração significativa nos níveis de atividades físicas dos animais.
“Os níveis naturais de atividade física, normais para os animais, começaram a diminuir assim que a dieta com redução de calorias começou. Quando as calorias foram reduzidas ainda mais, no segundo mês da pesquisa, a atividade física das macacas diminuiu ainda mais,” conta Sullivan.
Programas contra a obesidade
O estudo comprova que há um mecanismo natural do organismo que conserva energia em resposta a uma redução nas calorias ingeridas.
“Nem sempre a comida é suficiente para os humanos e animais [na natureza] e o corpo parece ter desenvolvido uma estratégia para responder a essas flutuações,” teoriza Sullivan.
“Esta descoberta vai ajudar os médicos no aconselhamento de seus pacientes. Ela poderá também impactar o desenvolvimento de intervenções comunitárias para combater a obesidade infantil e levar a programas que enfatizem tanto a dieta quanto os exercícios,” conclui ela.